O Jogo

GP da Rússia não terá um substituto

FÓRMULA 1 Entidade organizado­ra do Mundial decidiu ontem que nenhum outro circuito ocupará a vaga deixada em aberto por Sochi

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Havia alguns candidatos e, em surdina, até se apontavam Catar, Turquia, Alemanha e Portugal como candidatos a receber a corrida que estava prevista para a Rússia. Mundial mantém 22 provas.

O Grande Prémio da Rússia, cancelado devido à guerra na Ucrânia, não será substituid­o por qualquer outro circuito. A informação foi ontem avançada pelo Grupo Formula One , o organizado­r do Mundial de Fórmula 1 deste ano, que será, assim, reduzido de 23 para 22 corridas.

“Não será adicionado nenhum Grande Prémio ao calendário para preencher a ausência [do Grande Prémio da Rússia], o que significa que o calendário de 2022 será composto por 22 corridas”, informou, em comunicado, o Grupo Formula One.

A decisão dos responsáve­is do campeonato da categoria máxima do desporto automóvel foi tomada, mesmo tendo tido manifestaç­ões de interesse em organizar a prova de vários países, situação que até impede o corrente Mundial de estabelece­r um recorde de 23 corridas, mantendo o número das que foram realizadas no ano passado.

Por ourtro lado, caem por terra algums rumores que davam conta da possibilid­ade dessa eventual 23.ª corrida ir parar ao Catar, Turquia, Hockenheim (Alemanha) ou até mesmo a Portimão, ao Autódromo Internacio­nal do Algarve. Ainda assim, esta deve ser uma boa notícia para as equipas, já com grandes dificuldad­es em cumprir o novo teto orçamental.

Recorde-se que o Grande Prémio da Rússia de Fórmula 1 de 2022, que deveria decorrer em Sochi, em 25 de setembro, foi cancelado em 25 de fevereiro, um dia depois da ofensiva militar russa na Ucrânia e também na sequência do apelo de vários pilotos nesse sentido, entre os quais o neerlandês Max Verstappen, campeão mundial em título.

A prova russa integra o campeonato do mundo de

Fórmula 1 desde 2014 e a cidade de Sochi, anfitriã dos Jogos Olímpicos de Inverno nesse ano, foi a escolhida para a realização da mesma, mas, em 2023, está previsto que seja deslocada para a cidade, cidade que já foi capital do país, antes e até depois de Moscovo.

Guerra vai para o 85.º dia

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), entidade que já alertou para a probabilid­ade de o número real ser significat­ivamente maior.

A guerra na Ucrânia, que hoje entra no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas das suas residência­s – cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,1 milhões para os países vizinhos –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Sublinhe-se que a invasão russa foi condenada pela generalida­de da comunidade internacio­nal, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

“Não será adicionado nenhum Grande Prémio ao calendário para preencher a ausência [do GP da Rússia]”

Grupo Formula One

Organizado­r do Mundial

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Pista de Sochi não irá receber o Grande Prémio de Fórmula 1 nem terá substituta

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