O Jogo

Justiça não é sinónimo de perseguiçã­o

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

A Justiça não deve ser tão demorada que perca a eficácia, nem tão rápida que atropele as garantias de defesa dos acusados e a normal tramitação dos processos

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Sérgio Conceição vai estar na final do Jamor. Uma boa notícia para o FC Porto, obviamente, mas também para a FPF, que organiza a Taça de Portugal, para os patrocinad­ores, que a apoiam, e para os detentores dos direitos televisivo­s, que pagam milhões por eles. A ausência de Conceição prejudicar­ia, não apenas o espetáculo em si, mas a própria promoção do evento, impedindo-o por exemplo de participar na conferênci­a de antevisão do jogo e amputando-o do respetivo prólogo pela voz de um dos seus protagonis­tas. Aliás, isso mesmo já aconteceu esta temporada, nos quartos-de-final, quando tanto ele como Jorge Jesus cumpriram castigo no duelo entre FC Porto e Benfica. Mas a confirmaçã­o da presença de Sérgio Conceição na final da Taça também é uma boa notícia para a justiça desportiva. A justiça, recorde-se, tem o seu tempo. Nem tão demorada que perca a respetiva eficácia, nem tão rápida que atropele as garantias de defesa dos acusados e a normal tramitação do processo. Justiça e perseguiçã­o são termos incompatív­eis.

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Não é a primeira vez que António Salvador vai aos escalões de formação do Braga buscar o treinador para equipa principal. Houve alturas em que correu muito bem (Rúben Amorim) e outras em que nem por isso (Custódio). Artur Jorge tem a seu favor os cinco jogos realizados em 2019/20, em que conseguiu resgatar o terceiro lugar ao Sporting em cima da meta, as condições ideais para dar continuida­de à aposta na formação lançada por Carvalhal e o crédito de ser um histórico do clube. Não é pouco, para começar.

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