Bardet abandona, Démare tritura
Fuga esteve perto da vitória, mas o sprint foi favorável ao melhor especialista em prova. João Almeida tem menos um rival
Pelotão tem feito tudo para evitar gastar muitas energias, pois sabe-se que a terceira semana do Giro será duríssima. Hoje, a Bora poderá tentar infernizar a vida à UAE Emirates.
Foi por pouco, mas a 13.ª etapa sorriu ao pelotão. A Volta a Itália parecia pronta para novo sucesso da fuga, mas a 700 metros da meta os sprinters ultrapassaram Nicolas Prodhomme (AG2R), Pascal Eenkhoorn (Jumbo), Julius van den Berg (EF Education) e Mirco Maestri (Eolo-Kometa). E, em Cuneo, o mais rápido voltou a ser Arnaud Démare, que conquistou a terceira etapa ao sprint, corroborando-se como o francês mais vencedor de sempre em tiradas no Giro, ao levar já oito na conta. A camisola dos pontos está cada vez mais segura e a meta agora é igualar os quatro triunfos numa só edição, que obteve em 2020. Phil Bauhaus, da Bahrain, teve uma ponta de velocidade potente, mas ficou-se pelo segundo lugar, com Cavendish (Quick Step) e Gaviria (UAE) logo a seguir.
Juan Pedro López está de rosa há dez dias e mantém 12 segundos de vantagem para Carapaz, da Ineos, e João Almeida, da UAE. Entre os favoritos existe um acordo de paz nas etapas mais planas, isto
“Não conseguia dar mais nada na etapa e percebi que não podia continuar”
Romain Bardet
Ciclista da DSM
porque todos sabem que a terceira semana do Giro é duríssima e se esperam temperaturas acima dos 30 graus. A novidade de ontem é que Romain Bardet, quarto da geral individual, a 14 segundos de López, desistiu devido a doença. Será menos um na luta pelo pódio, até porque o francês parecia ao nível que o fez ser segundo no Tour’2016. Restam, não havendo surpresas, Carapaz, Almeida, Hindley e Landa para três lugares.
Amanhã há final em alto novamente, mas hoje a etapa é difícil de controlar e a Bora, com três homens bem posicionados, pode atacar: há quatro subidas de segunda categoria nos últimos 70 km da tirada que termina em Turim.