O Jogo

A BELA FESTA DO TRICAM

FC Porto venceu sem dificuldad­es em Águas Santas, conquistou o tri a uma jornada do fim e prolongou a caminhada perfeita desde que tem Magnus Andersson

- CARLOS FLÓRIDO

O FC Porto confirmou ontem, a uma jornada do fim do Campeonato Placard, o seu terceiro título consecutiv­o – a pandemia anulou aquele que seria o quarto desde a chegada do técnico Magnus Andersson – e 23.º do historial, que conta com um total de 43 troféus (mais nove Taças de Portugal, oito Supertaças e três Taças da Liga) numa modalidade que os dragões têm dominado desde o início deste século.

Necessitan­do de um empate frente ao Águas Santas, pela quarta vez desde 2011 o adversário no dia da festa, os portistas perceberam cedo que iam abrir o champanhe, pois a resistênci­a maiata só durou até perto dos 20 minutos, momento em que golos de Valdés, Tito, dois de Rui Silva e um de Iturriza colocaram em 7-12 um resultado que até aí fora equilibrad­o. Muito desfalcada, a jovem equipa de Ricardo Moreira apenas esteve na frente aos 4-3 e no segundo tempo, quando tentou responder com a mais famosa arma dos dragões, atacando em 7x6, sofreu um manancial de contra-ataques que levaram o resultado a um pouco justo 1025. A diferença do FC Porto para o vizinho é grande, mas não tanto.

Depois de um título festejado à porta fechada e marcado pelas lágrimas da memória de Quintana, ontem o FC Porto teve de novo uma celebração algo íntima – o pavilhão maiato estava cheio, mas só leva 1062 espectador­es –,embora bem mais alegre e num local apropriado: sendo uma casa de andebol, o pavilhão de Águas Santas privilegia aquilo que se viu, famílias e amigos entre os adeptos que invadiram o recinto de jogo, abraçando os artistas de ambas as equipas.

O FC Porto ainda vai ter a Taça de Portugal para defender – joga dia 11 de junho com o Madeira SAD, estando Sporting e Benfica na outra meiafinal –, pelo que este não foi o final dos compromiss­os de um dos plantéis mais bem sucedidos da história do andebol e que irá sofrer várias mudanças, pois já se esperam cinco jogadores novos para a próxima época. Quase imbatíveis a nível interno – uma derrota para o campeonato, com o Benfica, nos últimos três anos! –, os portistas estão apostados em chegar à finalfour da Liga dos Campeões, que querem transforma­r no ponto alto da revolução operada por Magnus Andersson no andebol português.

“Não nos agarramos a títulos anteriores e o último é sempre melhor”

Carlos Martingo

Treiandor adjunto do FC Porto “É fruto do nosso trabalho, voltámos ao nosso reinado e queremos continuar assim”

Leonel Fernandes

Ponta do FC Porto “Celebrar neste pavilhão não deixa de ser curioso e faz todo o sentido”

Pedro Cruz

Lateral do FC Porto

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