Ucrânia e Bielorrússia não se vão cruzar
Comité executivo evita jogos entre equipas dos dois países devido à guerra no Leste. E aprovou substituições ilimitadas no Europeu feminino
Sorteios das competições europeias terão condicionalismos para garantir que equipas daqueles dois países não se defrontem. A Bielorrússia, recorde-se, facilitou a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A UEFA aprovou o condicionamento dos sorteios das competições europeias de futebol, “com efeito imediato”, a fim de evitar o cruzamento entre equipas ucranianas e bielorrussas, devido à guerra na Ucrânia. A decisão foi tomada pelo seu comité executivo , que aprovou também um regulamento especial – com alterações motivadas pela pandemia de covid-19 – da fase final do Europeu de 2022 feminino, no qual Portugal vai substituir a Rússia, que se tinha qualificado, mas foi suspensa devido à invasão da Ucrânia.
“A decisão tomada hoje destina-se a assegurar o normal funcionamento das provas da UEFA, na medida em que a segurança das equipas e de todos os participantes poderá não estar totalmente garantida devido à existência de um conflito militar”, informou o organismo regulador do futebol europeu.
A UEFA já tinha decidido que nenhum jogo das suas provas poderia ser disputado em território bielorrusso e que, mesmo em outro país, teria de ser disputado à porta fechada, “uma vez que a invasão da Ucrânia pelo exército russo foi facilitada pela vizinha Bielorrússia”.
No âmbito do Europeu feminino, que se realiza entre 6 e 31 de julho de 2022, em Inglaterra, o comité executivo decidiu permitir “substituições ilimitadas de jogadoras, em caso de lesão grave ou doença [incluindo covid-19], antes do primeiro jogo, desde que com comprovação médica”. “As novas regras aplicam-se também às guarda-redes, que poderão ser substituídas antes de cada jogo do torneio, em caso de incapacidade física, mesmo que uma ou duas guarda-redes da lista de inscritos estejam disponíveis”, precisou a UEFA. A covid-19 já provocou a morte de quase 6,3 milhões de mortes e mais de 527 milhões de casos em todo o mundo, de acordo com o mais recente balanço da Universidade Johns Hopkins (EUA).