Mais recuperação e mais informação
Portugal completará, dia 12, em Genebra, quatro jogos em apenas 11 dias. Ter jogadores de qualidade facilita a gestão do grupo
Rui Quinta, treinador que foi adjunto no FC Porto em 2011/12 e 2012/13, indica a principal preocupação a ter com os jogadores da Seleção Nacional num período com uma elevada densidade de jogos.
“Com jogadores desta dimensão e nesta altura da época, a principal preocupação é a recuperação”
MELO ROSA
“Terá de haver uma rotatividade acentuada, até porque a qualidade é nivelada por cima” “Jogadores com uma idade mais avançada descansam mais, porque o organismo deles já não recupera da mesma maneira”
A Seleção Nacional vai bbb cumprir um ciclo de quatro jogos em apenas 11 dias. Depois da Espanha, amanhã recebe a Suíça, em Alvalade, estádio onde quinta-feira defronta a Chéquia, e dia 12, em Genebra, volta a medir forças com a seleção helvética para a quarta jornada do grupo A2 da Liga das Nações. “A preocupação será muito mais dirigido para recuperação e informação. Não haverá nenhum treino aquisitivo”, analisa Rui Quinta, que foi treinador-adjunto do FC Porto em 2011/12 e 2012/13 e também passou por fases com vários jogos num curto espaço de tempo. “Com jogadores desta dimensão e nesta altura da época, a preocupação principal é a recuperação dos jogadores. Pode um ou outro jogar mais vezes, mas terá de haver uma rotatividade acentuada, até porque a qualidade é muita nivelada por cima”, acrescenta. FormadonaFADEUPemEducação Física e Desporto (Alto Rendimento na modalidade de futebol), Rui Quinta aponta aquele que poderá ser o método seguido pela equipa técnica de Fernando Santos. “Os jogadores passarão mais tempo a receber informação através de vídeo e conversas com a equipa técnica do que a treinar. Vão fazer seguramente algumas situações pontuais, estratégicas, mas mais do que isso, não acredito”, adianta. Quinta destaca os casos, por exemplo, de Ronaldo, Pepe ou João Moutinho. “Os jogadores com uma idade mais avançada têm de descansar mais, porque o organismo deles já não recupera da mesma maneira. O importante é que quando forem chamados a jogar sejam capazes de o fazer no máximo das suas potencialidades”, salienta, recordando que todos os jogadores que estão na Seleção “atuam numa dimensão de exigência e desafio permanente ao máximo das suas capacidades e, portanto, estão familiarizados com este alto nível emocional.”
Rui Quinta Treinador