FERIDAS NOS HELVÉTICOS
SUÍÇA Derrota frente à Chéquia gerou discussões internas no próximo adversário de Portugal, com destaque para as críticas do capitão Xhaka, que mencionou erros no sector mais recuado
Não só a exibição da dupla de centrais, em particular, mereceu reparos, mas também a disposição tática apresentada pelo selecionador Murat Yakin originou uma indireta por parte do médio do Arsenal.
Adversária de Portugal bbb no jogo de amanhã a contar para a Liga das Nações, a seleção suíça chega sobre brasas ao embate no Estádio José Alvalade. A derrota com a Chéquia (2-1) gerou fortes críticas, principalmente ao desempenho defensivo dos dois centrais, Schar e Elvedi, que comprometeram e podem ter o lugar em risco para o desafio com Portugal.
Também o autogolo de Sow, na sequência de um lançamento de linha lateral, causou perplexidade em todo o coletivo, e Granit Xhaka considerou mesmo que o jogo em Praga foi “muito estranho”. “Não podemos aceitar que ofereçamos tantos brindes aos adversários. Agora, temos de analisar os nossos erros e entrar em campo de forma diferente contra Portugal”, afirmou o capitão da seleção helvética.
Disposta em 4x4x2 e com uma alteração para 4x3x3 operada durante o desafio por indicação do selecionador Murat Yakin, a estratégia adotada também foi merecedora de reparos e o próprio Xhaka lançou uma indireta ao treinador que sucedeu a Vladimir Petkovic em agosto do ano passado. “Os treinadores que me conhecem, bem como ao meu estilo de jogo, sabem que a minha posição é mais recuada no terreno”, desabafou, ao abordar a colocação inicial de maior propensão ofensiva que lhe foi atribuída.
O jogador do Arsenal também reconheceu que nos gunners já alinhou em funções de maior apoio ao ataque, mas é no processo defensivo que se sente mais confiante. À procura de maior coesão entre sectores, a Suíça parece ter ultrapassado a onda de euforia depois de uma campanha de qualificação para o Mundial sem derrotas, em que terminou no primeiro lugar do grupo, à frente da Itália.
O encontro com a Chéquia fez soar alarmes. Foi o terceiro desafio consecutivo sem vencer, contabilizando os particulares de março ante Inglaterra (2-1) e Kosovo (1-1), pelo que Murat Yakin terá o desafio de voltar a elevar o patamar da seleção que conta com Seferovic, avançado do Benfica, lançado apenas nos instantes finais do encontro com a Chéquia.
Precisamente na dianteira, Embolo, que formou dupla com Okafor, autor do único golo da Suíça, esteve perdulário e é expectável que possa haver mudanças no ataque à baliza de Portugal.