O Jogo

FERIDAS NOS HELVÉTICOS

SUÍÇA Derrota frente à Chéquia gerou discussões internas no próximo adversário de Portugal, com destaque para as críticas do capitão Xhaka, que mencionou erros no sector mais recuado

- PAULO NUNES TEIXEIRA

Não só a exibição da dupla de centrais, em particular, mereceu reparos, mas também a disposição tática apresentad­a pelo selecionad­or Murat Yakin originou uma indireta por parte do médio do Arsenal.

Adversária de Portugal bbb no jogo de amanhã a contar para a Liga das Nações, a seleção suíça chega sobre brasas ao embate no Estádio José Alvalade. A derrota com a Chéquia (2-1) gerou fortes críticas, principalm­ente ao desempenho defensivo dos dois centrais, Schar e Elvedi, que compromete­ram e podem ter o lugar em risco para o desafio com Portugal.

Também o autogolo de Sow, na sequência de um lançamento de linha lateral, causou perplexida­de em todo o coletivo, e Granit Xhaka considerou mesmo que o jogo em Praga foi “muito estranho”. “Não podemos aceitar que ofereçamos tantos brindes aos adversário­s. Agora, temos de analisar os nossos erros e entrar em campo de forma diferente contra Portugal”, afirmou o capitão da seleção helvética.

Disposta em 4x4x2 e com uma alteração para 4x3x3 operada durante o desafio por indicação do selecionad­or Murat Yakin, a estratégia adotada também foi merecedora de reparos e o próprio Xhaka lançou uma indireta ao treinador que sucedeu a Vladimir Petkovic em agosto do ano passado. “Os treinadore­s que me conhecem, bem como ao meu estilo de jogo, sabem que a minha posição é mais recuada no terreno”, desabafou, ao abordar a colocação inicial de maior propensão ofensiva que lhe foi atribuída.

O jogador do Arsenal também reconheceu que nos gunners já alinhou em funções de maior apoio ao ataque, mas é no processo defensivo que se sente mais confiante. À procura de maior coesão entre sectores, a Suíça parece ter ultrapassa­do a onda de euforia depois de uma campanha de qualificaç­ão para o Mundial sem derrotas, em que terminou no primeiro lugar do grupo, à frente da Itália.

O encontro com a Chéquia fez soar alarmes. Foi o terceiro desafio consecutiv­o sem vencer, contabiliz­ando os particular­es de março ante Inglaterra (2-1) e Kosovo (1-1), pelo que Murat Yakin terá o desafio de voltar a elevar o patamar da seleção que conta com Seferovic, avançado do Benfica, lançado apenas nos instantes finais do encontro com a Chéquia.

Precisamen­te na dianteira, Embolo, que formou dupla com Okafor, autor do único golo da Suíça, esteve perdulário e é expectável que possa haver mudanças no ataque à baliza de Portugal.

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Schar (à direita) foi um dos jogadores suíços mais criticados após a derrota

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