Guardiola impediu Zinchenko de ir à guerra
FUTEBOL O treinador do Manchester City convenceu o lateral ucraniano a ficar a trabalhar com a equipa e a ajudar os compatriotas de outra forma
O futebolista, internacional pela Ucrânia, acabou a dinamizar uma organização de apoio humanitário aos seus compatriotas desde fevereiro, altura em que chegou a pensar em pegar em armas.
Com o deflagrar da bbb guerra na Ucrânia, vários desportistas e treinadores ucranianos juntaram-se às forças civis do país para ajudar no combate à invasão militar da Rússia, abdicando, indefinidamente, da carreira. Oleksandr Zinchenko assim o quis, porém, o Manchester City e os familiares persuadiram o lateral a ficar em Inglaterra.
O internacional ucraniano, forçadamente abstraído do compromisso com o plantel de Pep Guardiola, até porque os pais estavam na Ucrânia, planeou, noticia a Imprensa inglesa, deslocar-se logo em fevereiro passado, para integrar a linha da frente.
Convencido a permanecer em Manchester, Zinchenko passou a colaborar, através de representantes, na organização e envio de material alimentar e humanitário com destino aos ucranianos, sob invasão há quase 100 dias, além de ter feito doações.
Nos últimos cerca de quatro meses, enquanto foi membro do percurso do Manchester City até seu ao sétimo título de campeão inglês, Zinchenko foi voz ativa, entre críticas e apelos de pacificação, sobre a invasão militar russa à Ucrânia, e manteve até, refere a Imprensa inglesa, contactos com soldados seus compatriotas.
Em simultâneo, Zinchenko deu várias provas de compaixão para com a sociedade ucraniana. E não se coibiu de juntar a bandeira do seu país ás celebrações da conquista da Premier League, ao envolver o majestoso troféu da competição inglesa com o símbolo da identidade ucraniana.
Em breve, terá a hipótese de oferecer (mais alguma) alegria a milhões de ucranianos caso a seleção, na qual é uma das figuras, se apure para o Mundial de 2022, precisando, para isso, de eliminar a Escócia, derrotada no primeiro jogo (1-3) do playoff.