Bruno Gaspar à prova
Lateral-direito regressou à Cidade-Berço em janeiro e, perante a afirmação de Maga, não chegou a ser estreado. Tem contrato válido até 2026, mas o futuro ainda é incerto
Envolvido no negócio de Edwards para o Sporting, Bruno Gaspar depara-se com uma situação inédita no clube onde já havia sido feliz. A devolução de João Ferreira ao Benfica joga, porém, a seu favor.
PEDRO ROCHA
O futuro de Bruno Gaspar bbb ganhará nitidez durante a pré-época do Vitória de Guimarães, com início marcado para o dia 20. O lateraldireito tem pela frente mais quatro anos de contrato, mas os vencimentos são elevados e a sociedade desportiva poderá encará-los como luxos excessivos se perceber que continuará a não contar para Pepa. As próximas semanas serão determinantes para o internacional angolano, regressado em janeiro, no âmbito da transferência de Edwards para o Sporting os leões pagaram então 7,67 milhões de euros por 50% do passe do inglês e ainda cederam o moçambicano Geny Catamo e o direito de preferência para a transferência definitiva do internacional equatoriano Gonzalo Plata (a nova SAD já prescindiu, entretanto, desta última operação).
Ao contrário do esperado, Bruno Gaspar não chegou sequer a ser estreado pelo treinador da equipa vimaranense, tendo contribuído para isso a contração de sucessivas lesões e a surpreendente afirmação de Maga. Os pontuais desaparecimentos do jovem defesa requisitado
pela Fiorentina, defesa andou voltar
e Vancouver até Sporting, Olympiacos
à equipa B foram, aliás, sempre compensados por João Ferreira, que até chegou a ser a opção inicial de Pepa para o corredor direito da defesa logo após a mudança de Sacko para o Saint-Étienne. A devolução de Ferreira ao Benfica poderá ser aproveitada por Gaspar.
Consumada a saída de Sílvio e sendo improvável a reincorporação de Sacko, perspetiva-se uma luta exclusiva a dois na posição de lateral-direito. O jogador de 29 anos tentará incorporála, a menos que o mercado de verão ainda o leve para outra paragem. A intenção de Bruno Gaspar passa, no entanto, por reconquistar o seu espaço no Vitória, clube que deixou em 2017 para se comprometer com a Fiorentina, depois de três épocas em cheio com o emblema do conquistador ao peito. Em fevereiro, no regresso a Portugal, após um ano de empréstimo aos canadianos do Vancouver Whitecaps, o seu sentimento não deixava margem para dúvidas: “Quero voltar a encontrar a felicidade que Guimarães transmite”, atirou.