O Jogo

Um olhar para um plantel em construção

- José João Torrinha

Àmedida que o Vitória vai anunciando as novas contrataçõ­es, o plantel 2022-2023 vai ganhando forma. Até agora, para além das saídas expectávei­s (Estupiñán e Rafa Soares, cujas renovações não foram tratadas a tempo e horas e depois se tornaram impossívei­s), registam-se quatro entradas.

Dos caloiros, aquele que chega com mais cartaz é o japonês Ogawa. Já com muitos jogos nas pernas na JLeague e o estatuto de internacio­nal, o lateral esquerdo aterra com a responsabi­lidade de substituir Rafa. O que se espera é que ele seja mais um caso de sucesso nipónico na nossa Liga, prosseguin­do na senda de nomes como Morita ou Fujimoto, para falar só nos casos mais recentes.

Já Matheus Índio é um jovem brasileiro chegado da Segunda Liga. Como sempre acontece nestes casos, a expectativ­a é perceber se aguenta bem a pressão da subida de patamar. Os bons jogadores, quando ascendem a um nível mais exigente, conseguem também elevar o seu nível de jogo. Será assim com Matheus? A sua chegada levanta ainda dúvidas quanto ao plantel. Ficarão Alfa Semedo, Händel e Bamba no grupo? A chegada deste reforço dá a entender que (todos) não…

Também da Segunda Liga chega Jota Silva e as dúvidas são as mesmas. Olhando para os números, percebe-se que é um jogador com golo, o que é uma qualidade que costuma fazer toda a diferença. Já se percebeu também que a sua contrataçã­o abriu uma frente de batalha jurídica com o Casa Pia, esperando-se que o jogador esteja tranquilo e que tudo isso passe ao lado do que verdadeira­mente importa: a performanc­e.

Finalmente, Anderson Oliveira, ponta de lança vindo para a frente de ataque. Aí, as dúvidas prendem-se com o quem é quem. Quem chega a Guimarães é aquele miúdo do Famalicão que nos fazia crescer água na boca, ou é o outro das últimas frustrante­s temporadas? Só o jogador nos poderá esclarecer. Sabendo toda a gente que o potencial está lá todo, o brasileiro tem que perceber que esta é uma época de “ou vai ou racha”. Aos 24 anos, ou bem que se afirma como uma certeza, ou alimentará a imagem de alguém que poderia ter sido, mas nunca chegou a ser. A palavra aos quatro.

Esta época, Anderson Oliveira “ou vai ou racha”

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal