Um olhar para um plantel em construção
Àmedida que o Vitória vai anunciando as novas contratações, o plantel 2022-2023 vai ganhando forma. Até agora, para além das saídas expectáveis (Estupiñán e Rafa Soares, cujas renovações não foram tratadas a tempo e horas e depois se tornaram impossíveis), registam-se quatro entradas.
Dos caloiros, aquele que chega com mais cartaz é o japonês Ogawa. Já com muitos jogos nas pernas na JLeague e o estatuto de internacional, o lateral esquerdo aterra com a responsabilidade de substituir Rafa. O que se espera é que ele seja mais um caso de sucesso nipónico na nossa Liga, prosseguindo na senda de nomes como Morita ou Fujimoto, para falar só nos casos mais recentes.
Já Matheus Índio é um jovem brasileiro chegado da Segunda Liga. Como sempre acontece nestes casos, a expectativa é perceber se aguenta bem a pressão da subida de patamar. Os bons jogadores, quando ascendem a um nível mais exigente, conseguem também elevar o seu nível de jogo. Será assim com Matheus? A sua chegada levanta ainda dúvidas quanto ao plantel. Ficarão Alfa Semedo, Händel e Bamba no grupo? A chegada deste reforço dá a entender que (todos) não…
Também da Segunda Liga chega Jota Silva e as dúvidas são as mesmas. Olhando para os números, percebe-se que é um jogador com golo, o que é uma qualidade que costuma fazer toda a diferença. Já se percebeu também que a sua contratação abriu uma frente de batalha jurídica com o Casa Pia, esperando-se que o jogador esteja tranquilo e que tudo isso passe ao lado do que verdadeiramente importa: a performance.
Finalmente, Anderson Oliveira, ponta de lança vindo para a frente de ataque. Aí, as dúvidas prendem-se com o quem é quem. Quem chega a Guimarães é aquele miúdo do Famalicão que nos fazia crescer água na boca, ou é o outro das últimas frustrantes temporadas? Só o jogador nos poderá esclarecer. Sabendo toda a gente que o potencial está lá todo, o brasileiro tem que perceber que esta é uma época de “ou vai ou racha”. Aos 24 anos, ou bem que se afirma como uma certeza, ou alimentará a imagem de alguém que poderia ter sido, mas nunca chegou a ser. A palavra aos quatro.
Esta época, Anderson Oliveira “ou vai ou racha”