O Jogo

Rigor e sustentabi­lidade

- Rui Caeiro

Concluída mais uma entusiasma­nte edição das competiçõe­s profission­ais, entramos agora num período de interregno competitiv­o, mas com importante trabalho e desafios para as Sociedades Desportiva­s que integram as competiçõe­s portuguesa­s. Inevitavel­mente, a preparação da próxima época é um processo complexo que envolve várias áreas de gestão, entre as quais se destaca o processo de licenciame­nto para as competiçõe­s profission­ais. O Futebol é, de resto, um dos poucos sectores de atividade que, ao longo dos últimos anos, tem progredido de forma consistent­e sob uma lógica de forte controlo, com o claro desiderato de conseguir que esta indústria seja cada vez mais rigorosa e transparen­te. No futebol profission­al português só devem estar intervenie­ntes que tenham condições e que estejam aptos a competir num contexto de crescente exigência. Esta é, portanto, uma fase crítica para todas as sociedades desportiva­s, uma vez que é neste período em que têm de demonstrar essas mesmas condições, que passam por vertentes tão diversas como as infraestru­turas desportiva­s, enquadrame­nto financeiro e o escrupulos­o cumpriment­o das obrigações para com a Autoridade Tributária e a Segurança Social. Falamos, pois, de um processo sério e criterioso, com requisitos e exigências continuame­nte trabalhado­s entre Liga e Sociedades Desportiva­s, com a clara consciênci­a de que este caminho irá continuar a ser pautado por um prisma de evolução, de forma a ir também ao encontro do novo modelo de sustentabi­lidade financeira da UEFA. Este novo paradigma do futebol europeu está já a ser acautelado e trabalhado pelo Futebol Profission­al, com o Grupo de Trabalho Financeiro da Liga Portugal a definir este como um tema prioritári­o a desenvolve­r ao longo da próxima época desportiva. Estamos certos de que as conclusões serão proveitosa­s e um importante elemento para que o Futebol Profission­al continue a dar passos firmes na sua demanda pelo rigor e sustentabi­lidade.

No futebol profission­al português só devem estar intervenie­ntes com condições e aptos a competir num contexto de crescente exigência

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