NINGUÉM PÁRA IGA SWIATEK
Festejou 21 anos em Roland Garros, onde bisou, venceu o sexto torneio seguido e chegou às 35 vitórias consecutivas
Jovem polaca, única que dá respostas acima dos 120 km/h, velocidade própria dos homens, já começou a superar as irmãs Williams. Na final de ontem, deixou Coco Gauff em lágrimas em apenas 68 minutos!
CARLOS FLÓRIDO
Em 2020 foi a grande bbb surpresa, ontem era a super favorita e não tardou a demonstrá-lo. Com 6-1 e 6-3, em 1h08 de jogo, a polaca Iga Swiatek bateu a norte-americana Coco Gauff e bisou em Roland Garros. Era o seu segundo Grand Slam, mas também o sexto torneio seguido (Doha, Indian Wells, Miami, Estugarda, Roma e Roland Garros) – de um total de nove ganhos –, proeza que iguala as de Venus Williams em 2000 e Justine Henin entre 2007 e 2008. Mas o número com maior impacto é outro: foi a sua 35.ª vitória consecutiva, o que já a colocou ao lado de Venus (e à frente de Serena) na sequência mais longa do século e na curta lista das tenistas com maiores períodos de domínio.
Com respostas acima dos 120 km/h, algo que apenas se vê nos melhores homens, a número um mundial feminina – já tem o dobro dos pontos da segunda, Anett Kontaveit – manteve a tradição de quebrar o primeiro serviço da rival em Paris, deixou a muito jovem Gauff nervosa e terminou vencendo o seu 56.º set nos últimos 58 que jogou.
“Há dois anos o título foi incrível e inesperado. Desta vez trabalhei muito para estar aqui, sabendo que a pressão era imensa”, disse Swiatek no final, depois de sair do court para ir abraçar toda a sua equipa e ainda um convidado especial, o futebolista Robert Lewandowski, que a supera como maior estrela desportiva da Polónia.
Embora enviando uma mensagem de apoio para a Ucrânia, que recorda sempre com uma pequena fita no seu indispensável boné, a jovem polaca, que festejou os 21 anos na passada terça-feira, ainda não tem uma popularidade ao nível dos seus feitos, pois até Gauff, de 18 anos e na primeira final, a supera nas redes sociais – 764 mil seguidores no Instagram, contra 743 mil, e 346 mil no Facebook, contra 305 mil –, mas será questão de tempo. Ela é a mais nova a conquistar dois Grand Slam desde Maria Sharapova, que tinha 19 anos quando venceu o US Open de 2006, e não vai ficar por aqui.
“Agora estou mais ciente de como é vencer um Grand Slam e o que é preciso para que tudo se encaixe” “É por ter essa consciência que estou mais feliz e orgulhosa. Em 2020, senti que tinha sorte. Desta vez, sei que fiz o meu trabalho”
Número 1 WTA