O Jogo

“Sem medo de um técnico estrangeir­o”

RUI COSTA Líder encarnado respondeu às críticas, nomeadamen­te de Vieira, sobre a opção por Roger Schmidt, e aposta num “futebol de ataque e alegre”

- MARCO GONÇALVES

No final da AG de quartafeir­a, o dirigente admitiu ser preciso “fazer muitas mudanças”, nomeadamen­te de “mentalidad­es”. “É um risco que assumo”, atirou, pretendend­o um plantel estável logo a abrir.

Numa Assembleia-Geral bbb na qual nunca mencionou o nome de Luís Filipe Vieira nas suas intervençõ­es, Rui Costa acabou, ainda assim, por responder ao antecessor nomeadamen­te quanto à escolha de Roger Schmidt. Vieira frisou que“faria diferente” e escolheria um técnico luso, mas Rui Costa atirou: “É um treinador no qual acredito muito. Foi extremamen­te estudado. A principal escolhaéa qualidade e muita da história do Benfica foi feita por treinadore­s estrangeir­os. Não temos medo de um treinador estrangeir­o”, atirou, justifican­do: “É um treinador para trazer o futebol que nós queremos: de ataque, dinâmico e alegre.”

“Inverter por completo” o ciclo recente de insucessos “obrigará”, sublinhou Rui Costa, “a muitas mudanças”. “Mas o que o Benfica mais precisa de muda ré a mentalidad­e ”, atirou, explicando a estratégia para o plantel: “Teremos seis a sete jogadores da formação a trabalhar com o plantel principal, reduzindo cada vez mais o número de ativos que temos.” E, em mais uma indireta ao antecessor, garantiu: “Não precisamos de jogadores para treinar no Benfica, precisamos de jogadores para ganhar no Benfica.”

Admitindo que para abrir 2022/23 a lutar pelo acesso à Champions “importa chegar com uma equipa já estável”, o líder encarnado, que apontou “alguma falta de conhecimen­to do queéo Benfica dentro docampo”,re conheceu que“fazer muitas mudança sé um risco ”.“Ma sé um risco que assumo. Temos duas soluções, ou seguimos neste barco ou tentamos mudar.”

Rui Costa admitiu que o clube “falhou” em 2021/22 e disse ser “o principal responsáve­l” pelo desfecho da época, deixando uma garantia: “Nunca serei um presidente para aparecer só nas vitórias, isso acabou.”

“O que queremos saber é quando vamos ao Marquês”, atirou, falando do que disse ser a influência das arbitragen­s na temporada que agora termina. E revelou que o clube vai passar ao ataque. “Não tenho medo. Não me escondo a nada dessas guerras. Não creio que o presidente do Benfica possa estar todos os dias na arruaça, mas temos de fazer mais e melhor neste campo também”, afirmou, prometendo: “Vamos fazer com que o Benfica recupere o respeito. É minha responsabi­lidade alterar isso.”

Rui Costa abordou ainda a situação de Domingos Soares de Oliveira, negando conflitos de interesse por este estar a discutir a centraliza­ção dos direitos televisivo­s na Liga. “Foi imposta pelo Governo, não podemos estar fora. O Benfica tem é de defenderse. Domingos Soares de Oliveira é gerente de uma empresa com mais 12 elementos de outros clubes. A CMVM comprovou que não havia nenhum conflito de interesses”, ressalvou.

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Rui Costa falou aos sócios no final da AG de quarta-feira

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