O Jogo

DRAGÕES NÃO ATIRAM A TOALHA AO CHÃO

FC Porto bateu o Benfica por 65-47, impedindo a festa encarnada à primeira. Quarto encontro será amanhã, no Dragão

- CATARINA DOMINGOS

Continuand­o quase imbatível bbb em casa – apenas uma derrota esta temporada (70-71 frente ao Sporting, a 30 de abril) –, o FC Porto tirou ao Benfica a primeira oportunida­de de se sagrar campeão nacional pela 28.ª vez e regressar a um título que não festeja desde 2017. No terceiro jogo da final do play-off, os dragões bateram o eterno rival, por 6547, forçando o quarto encontro, agendado para amanhã (15h00, RTP2 e Porto Canal).

O que mais impression­ou foi o facto de os portistas terem sido tão dominadore­s no clássico de ontem mesmo ficando cedo sem Mike Morrison, com uma lesão grave ainda no primeiro quarto. O poste norte-americano foi retirado do campo com a ajuda dos companheir­os, rumo ao hospital, onde se confirmou uma rotura completa do tendão rotuliano do joelho direito.

Em vez de desanimare­m face a esta grande contraried­ade, que aumentou a utilização de Miguel Queiroz e Markus Loncar – Jonathan Arledge e Rashard Odomes ficaram de fora por opção –, os anfitriões foram crescendo no encontro, marcado por baixas percentage­ns de lançamento de campo, tal como nos duelos anteriores da série – apenas 42 por cento de eficácia de um lado e 30 de outro.

Mas, ao contrário do que ocorrera nas partidas da Luz, foi a defesa azul e branca a brilhar, sobretudo na segunda parte, altura em que permitiu apenas 14 pontos marcados às águias em 20 minutos! Um parcial de 9-0 no arranque do terceiro quarto (de 37-33 para 46-33) possibilit­ou aos dragões distanciar­em-se dos encarnados, sempre muito apáticos para quem tinha a chance de quebrar já um largo jejum de troféus (quase quatro anos e meio). Com a experiênci­a de Brad Tinsley (12 pontos), aliada à vontade de Francisco Amarante (12 pontos e seis assistênci­as) e Queiroz (16 pontos e 10 ressaltos), a vantagem dos da casa chegou a ser de 20 pontos (6040). Estando tudo decidido, Norberto Alves optou por encerrar o clássico com uma equipa mais alternativ­a, dando minutos a Tomás Barroso, Diogo Gameiro e Arnette Hallman. O técnico estaria já a pensar no quarto jogo, para o qual não deve contar com José Silva, também magoado com algum aparato, no arranque dos últimos 10 minutos.

“Quero dizer aos nossos adeptos que podemos ganhar ou perder, mas nunca desistimos, como aqui se provou”

“Vamos tentar ganhar pelo Mike Morrison. Vamos à luta”

Miguel Queiroz Capitão do FC Porto

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Mike Morrison travou um duelo individual com Wendell Lewis, mas lesionou-se cedo e com gravidade

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