KTM diz-se traída por Miguel Oliveira
No dia em que Jack Miller assinou pela equipa austríaca, o diretor de competição não descartou manter o português
Por aquilo que Pit Beirer afirmou ao motorsporttotal.com, o facto de o almadense não querer baixar à equipa Tech3 não podia ser aproveitado para entrar em conversações com rivais do paddock.
MANUEL PÉREZ
Para os adeptos de Miguel bbb Oliveira é secundária a confirmação, ontem, do contrato de duas épocas entre a Red Bull KTM e Jack Miller, o piloto australiano que abandona a Ducati e vai emparceirar com o sul-africano Brad Binder. Montado o cenário, o português é um figurante à espera de resolver um futuro que, na opinião do diretor de competição do fabricante austríaco, está a ser feito à revelia. “Sentimo-nos um pouco enganados, ao verificar que um piloto conversa com outro chefe de equipa. Incomoda e chega a ser abuso de confiança”, atirou Pit Beirer, destacando que o seu trabalho “é negociar com os melhores do paddock que estão livres para a nova temporada”.
O patrão alemão não considera uma despromoção a ida de Oliveira para a KTM Tech3, lembrando que na equipa satélite “venceu duas corridas [Estíria e Portugal, em 2020]” e revelando ter oferecido “melhores condições financeiras”, ter feito uma “segunda oferta” e acionado a “claúsula de rescisão de 31 de maio, porque o Miguel é meu amigo e da equipa, apesar de isolarse e mandar o pai falar com outras equipas”. “Ainda acredito que fique connosco”, lançou supreendentemente,
Miguel Oliveira disse à Sky Sports Italia ter conversado com a Gresini Ducati, por “querer uma mota para ganhar corridas” e, nas redes sociais, abordou a chegada de Miller, que é seu amigo: “Bem-vindo à família laranja. Espero que tenhas muito sucesso na KTM, onde tive os melhores momentos da minha carreira. Boa sorte e vejo-te na pista”.
Oliveira é substituído por Miller, que cumpre oitava época no MotoGP e venceu três corridas, menos uma que o português em três anos e meio