Fernando Santos “Faltou profundidade e mais definição”
Selecionador nacional lamentou o erro cometido no golo da Suíça, considerando que faltou finalizar com êxito na segunda parte. “Foi completamente nossa”, defendeu
Atitude dos jogadores foi elogiada e arbitragem foi criticada, pelo lance em que marcou um penálti (revertido) que “não existiu” quando havia uma falta antes, e pelo número de faltas assinaladas.
Fernando Santos lamentou o erro cometido logo no início. “A exibição teve períodos menos bons na primeira parte, sobretudo na fase inicial. Não podemos sofrer um golo no primeiro minuto, meio oferecido. Foi um erro nosso. Faltou-nos ser agressivos e objetivos a nível ofensivo. Faltou essencialmente trocar melhor a bola, e também faltou profundidade”, considerou. A segunda parte foi diferente. “Foi completamente nossa”, defendeu. “Criámos não sei quantas oportunidades, faltou um bocadinho de definição, mas tivemos muitas coisas boas na segunda parte e este resultado foi injusto.” As alterações foram assim explicadas pelo selecionador nacional: “Houve muita individualidade à esquerda, o Rafael Leão tinha vontade de fazer bem, não é uma crítica, mas esteve demasiado aberto e facilitou o trabalho à Suíça. Sempre que encurtámos espaços, criámos muitas oportunidades, mas não marcámos, infelizmente. A Suíça na segunda parte praticamente nem se viu”, disse.
Sobre a arbitragem do croata Fran Jovic disse que não ia “criticar” o seu trabalho, mas fez alguns reparos. “Quando se marca um penálti que não existe, quando há uma falta no meio-campo que toda a gente viu... Não se pode marcar um penálti sem mais nem menos. Basta olhar para o número de faltas e para o tempo perdido. O quarto árbitro sabe bem o que aconteceu no jogo”, apontou.
A liderança perdida no grupo não o deixou “chateado”. “Queríamos continuar líderes, mas o jogo decisivo será com a Espanha. A probabilidade é chegar a esse jogo em desvantagem, mas só dependemos de nós”, perspetivou, comentando se os jogos de setembro serão um barómetro para as escolhas do Mundial: “Isso está quase tudo na minha cabeça. Quando chegarmos a setembro focaremos toda a atenção na Liga das Nações”, prometeu.
Em relação à opção de Bernardo Silva não jogar de início, Fernando Santos explicou: “O Bernardo é um dos jogadores mais cansados da equipa. Já tinha dito no outro jogo que as pilhas estavam um bocado gastas. A solução é assim: ou pôr logo a jogar no princípio quando o adversário ainda está muito poderoso ou quando há outro tipo de de espaços depois de o adversário correr. Uma das muitas qualidades do Bernardo é criar muitos problemas com espaço. Esta era uma opção muito clara. Porque a outra pode ser o Guedes, mas quem jogou lá foi o Otávio. Mas não é por aí”, salientou.
“Tivemos coisas boas na segunda parte, o resultado foi injusto”
“Basta olhar para o número de faltas e para o tempo perdido. O quarto árbitro sabe bem o que aconteceu”
“O Bernardo é um dos jogadores mais cansados da equipa. Já tinha dito no outro jogo que as pilhas estavam um bocado gastas”
“O jogo decisivo será com a Espanha. A probabilidade é chegarmos a esse jogo em desvantagem, mas só dependemos de nós”