DOTES DE SARABIA NO CARIMBO FINAL
Ex-sportinguista fez o golo da tranquilidade e passa a ser o jogador que, não sendo ponta de lança, mais rápido chegou aos 9 golos na seleção
Estádio La Rosaleda, em Málaga Árbitro: Cuneyt Çakir (Turquia) ESPANHA Unai Simón; Carvajal, Eric García, Iñigo Martínez e Marcos Alonso (Jordi Alba 78’); Soler (Gavi 59’), Rodri e Koke (Busquets 78’); Asensio (Sarabia 72’), Morata (Ferran Torres 59’) e Olmo Treinador: Luis Enrique CHÉQUIA Mandous; Zima, Brabec e Jemelka; Coufal, Sadilek (30’), Soucek e Zeleny (Kalvach 78’); Pesek (Tecl 78’), Kuchta (Jurecka 59’) e Cerny (Hlozek 59’) Treinador: Jaroslav Silhavy Golos: Soler (20’) e Sarabia (75’) Cartões amarelos: Carvajal (78’) Vermelhos: nada a assinalar
ESPANHA CHÉQUIA
2 0
A Chéquia surgiu em campo com velocidade, disposta a manter-se bem posicionada na luta pelo primeiro lugar, mas a Espanha resolveu rapidamente a equação, superiorizando-se com tranquilidade e acabando por vencer em Málaga por dois golos de diferença (2-0).
Soler tinha marcado na primeira parte e, já aos 75’, o exsportinguista Sarabia tranquilizou Luis Enrique e seus pares apenas três minutos depois de entrar. Um tento que o deixa na história desta seleção, uma vez que, excluindo pontas de lança, desde 1971 que nenhum outro jogador conseguia chegar aos nove golos nas primeiras 22 internacionalizações.
Com a derrota de Portugal na Suíça, os espanhóis passam a ocupar a liderança do grupo, posicionando-se confortavelmente para a receção à Suíça na próxima ronda, já a 24 de setembro. A Roja é a única equipa que ainda não perdeu e, neste jogo, também pode agradecer ao guarda-redes Unai Simón, que negou duas ocasiões aos checos, primeiro num tiro de Cerny (18’) e depois num frente a frente com Kuchta (20’).
Apesar de apresentar nove alterações em relação ao jogo anterior, a Espanha soube reagir com cinismo a esta entrada de leão dos checos. Logo à primeira jogada perigosa da Roja, o guarda-redes Mandous teve que ir buscar a bola dentro da baliza, num lance assente na suprema qualidade individual de um trio: Koke, num grande passe a libertar Asensio na direita e este, depois, magnífico, a deixar a bola a jeito para o tiro de primeira de Soler.
Tal como frente à Suíça, Luis Enrique preocupou-se depois em manter a baliza livre de perigo, não conseguindo os checos voltar a cheirar lances de golo. A Espanha
também demorou a consegui-lo, mas Sarabia voltou a mostrar que tem raro instinto goleador e, três minutos depois de entrar, encostou à boca da baliza um passe rasgado de Ferran Torres. Destaque, no lance, para o trabalho brilhante de Gavi no meio-campo. O médio do Barcelona, diga-se, trouxe um perfume diferente à equipa quando entrou aos 59’.
Após a partida, Sarabia foi um dos que falou aos jornalistas, destacando a boa temporada feita no Sporting. “Não sei onde vou jogar na próxima época. Agora é altura para férias e para refletir. De momento o que há a fazer é desligar. O mais importante é a grande temporada que tive em Portugal, ao serviço do Sporting, e também nos jogos em que representei a seleção espanhola.”