Outro nível para Baró
Afonso vê Romário ainda abaixo do que realmente vale
O médio, que esteve discreto no empréstimo ao Estoril, tinha Vitinha como suplente e foi o primeiro da geração a chegar à equipa principal. Um exemplo que sugere à calma nas avaliações dos jovens.
ANA LUÍSA MAGALHÃES
Quando perguntámos ●●● que jogador daqueles sub-19 Afonso Sousa imaginava que estivesse noutro patamar por esta altura, o médio não hesitou na resposta: “Romário Baró.” Na última época, foi emprestado ao Estoril e teve um percurso discreto, com apenas 481 minutos distribuídos por 17 partidas depois de, em 2019/20 e em 2020/21, também não ter chegado à barreira dos 20 jogos. “Toda a gente dizia que o Romário iria jogar num clube de topo aos 19 ou 20 anos. Inclusive foi o primeiro jogador da minha geração a estrear-se na equipa principal. Achava que ele, neste momento iria estar num patamar acima. Os outros, como Fábio Vieira e Fábio Silva já sabia que mais tarde ou mais cedo iam estar no topo”, lembra Afonso Sousa, sem desarmar nas esperanças pelo ex-colega: “Este ano não lhe correu tão bem, mas tenho a certeza de que o futuro será risonho se continuar a dar os passos certos na carreira e a ser bem acompanhado.”
O caso de Baró, hoje com 22 anos, torna-se ainda mais curioso se pensarmos que, em 2018/19, já fizera 30 jogos na segunda liga, pelo FC Porto B. O médio ofensivo baixava aos sub-19, essencialmente, para competir na Youth League e ajudar nas partidas mais difíceis. Ora, quando isso acontecia, quem era, quase sempre, relegado o banco? Vitinha. “Sem dúvida, é a prova de que é preciso calma nas avaliações que se fazem nessas idade. O futebol é o momento e o Vitinha teve o seu e uma oportunidade. Nunca conseguiremos dizer se um jogador está preparado ou não sem lhe dar a oportunidade. Aí é que vemos. Se houver qualidade,
“Achava que o Baró iria estar num patamar acima. Tem de dar os passos certos” Afonso Sousa Médio do Belenenses
tem de haver apoio técnico em todos os aspetos e foi o que aconteceu com ele e com o Fábio Viera, por exemplo. Tiveram aproveitamento e oportunidades. Olhe onde é que eles estão”, vincou Afonso, longe, no entanto, de desvalorizar os aspetos que estão nas mãos dos jogadores: “Ter os pés bem assentes no chão e maturidade é o primeiro passo para o sucesso.”