O Jogo

OLÍMPICOS PARA DAR MOTIVAÇÃO

JOGOS DO MEDITERRÂN­EO Filipa Martins e João Pedro Monteiro foram os eleitos para porta-estandarte­s de Portugal na Cerimónia de Abertura de hoje em Oran

- Enviada especial em Oran [Argélia] CATARINA DOMINGOS ●●●

Com um largo historial nas respetivas modalidade­s, a ginasta e o mesatenist­a foram uma escolha natural para o show que inaugura oficialmen­te a 19.ª edição do evento, um teste exigente para a Argélia.

A modalidade do pólo aquático e, em concreto, o encontro de Portugal com a Eslovénia, referente à primeira jornada da fase de grupos, na Piscina Olímpica do Jardim Público, deram início à 19.ª edição dos Jogos do Mediterrân­eo, cuja Cerimónia de Abertura se realiza hoje, no Estádio Olímpico de Oran, a segunda maior cidade da Argélia. Enviando 159 atletas de 19 modalidade­s (20 disciplina­s) – a segunda parte da comitiva chega segunda-feira –, o Comité Olímpico de Portugal elegeu Ana Filipa Martins (26 anos) e João Pedro Monteiro (38) para porta-estandarte­s do espetáculo, a iniciar-se às 20h30.

Numa Missão com 20 atletas com experiênci­a olímpica, a escolha do COP acaba por ser natural, sucedendo ambos a Helio Fernandez (karaté), que transporto­u a bandeira em Tarragona, quando ainda não havia a exigência de um porta-estandarte por género. A ginasta do Porto e o mesatenist­a nascido em Nave de Haver (freguesia de Almeida, na Guarda) combinam seis presenças em Jogos Olímpicos, servindo de inspiração aos atletas estreantes na Argélia (a esmagadora maioria), além de serem candidatos às medalhas, começando a competir amanhã. “Não estava à espera de ser escolhida. Estou super entusiasma­da eéumagr ande novidade para mim. É um orgulho poder inspirar os mais novos”, reagiu Filipa, 37.ª all-around e 32.ª na tra

“Não estava à espera de ser escolhida. Estou super entusiasma­da eéumagr ande novidade para mim”

“É um orgulho poder inspirar os mais novos” Ana Filipa Martins Ginástica

“Levar a bandeira é como ter ganho uma medalha de ouro”

“Ter o privilégio de levar a bandeira portuguesa é uma honra muito grande e certamente vai ficar como um dos momentos mais marcantes da minha carreira” João Pedro Monteiro Ténis de Mesa

ve no Rio’2016 e 17.ª nas paralelas assimétric­as em Tóquio’2020, tendo, já depois dos Jogos, tido o melhor resultado da história (sétima nos Mundiais do Japão); sendo ainda a autora do movimento “Martins”.

Para “Monti”, como é conhecido, a primeira medalha pessoal está ganha com a sua nomeação. “Ter o privilégio de levar a bandeira portuguesa é uma honra muito grande e certamente vai ficar como um dos momentos mais marcantes da minha carreira. É como se tivesse ganho o ouro”, disse o detentor de três títulos europeus,

medalha de bronze nos Mundiais de 2019 (pares) e presença em Pequim’2008, Londres’2012, Rio’2016 e Tóquio’2020.

Com duração prevista de duas horas, a Abertura está prometida ser “uma obra artística”, segundo um dos responsáve­is das cerimónias; e o evento, que se estende até 6 de julho (dia seguinte à data mais importante do país em que se celebram os 60 anos da independên­cia de França), apresenta-se como um grande teste à imagem da Argélia e à sua capacidade organizati­va. Quem vem de fora aproveitou os últimos dias para se adaptar às circunstân­cias, dado que se notam as carências logísticas, enquanto os responsáve­is locais foram ultimando preparativ­os para os Jogos, valendo, nos contratemp­os, a extrema disponibil­idade dos argelinos para ajudar os visitantes.

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Abertura é num estádio de 40 mil pessoas já esgotado
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