Ceferin recusa monopólios
Dirigente desvendou os argumentos que vai apresentar no tribunal europeu contra a Superliga
Para o líder da entidade que regula o futebol europeu, Florentino Pérez, Andrea Agnelli e Joan Laporta estão isolados e o futuro veredito será “muito importante a nível simbólico.
PAULO NUNES TEIXEIRA
É já no dia 12 de julho que o Tribunal de Justiça da União Europeia vai pronunciar-se sobre o litígio entre UEFA e os promotores da Superliga. Em causa a “posição dominante” da entidade que pretendeu sancionar os participantes na prova que seria rival da Liga dos Campeões. Em entrevista à “Gazzeta dello Sport”, Aleksander Ceferin revelou os argumentos a apresentar. “Direi que a UEFA não é um monopólio. Cada um é livre de estar na UEFA ou não. Pode participar nas nossas taças e organizar as suas, mas aí é lógico que não jogue nas nossas. Seja qual for a decisão do Tribunal, a Superliga está morta porque ninguém quer participar. Só vejo três pessoas chateadas [Florentino Pérez, Andrea Agnelli e Joan Laporta] e a quererem levar toda a gente ao tribunal”, referiu o presidente da UEFA.
Para o dirigente esloveno, o veredito “será muito importante a um nível simbólico”. “A União Europeia representa o modelo europeu, que é a razão do sucesso do futebol. Temos o apoio de 20 países. A disciplina independente da UEFA irá avaliar tudo”, referiu o dirigente, que se cruzou com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid na final da Champions. “Em Paris, estivemos lado a lado, cumpriu-se o protocolo e houve felicitações”, disse Ceferin.
Este também frisou que é “fácil atacar sempre a UEFA e a FIFA”. “Se se jogar menos, recebe-se menos. Quem se devia queixar são os trabalhadores das fábricas que recebem mil euros por mês”, atirou.
“A Superliga está morta, porque ninguém quer participar”
“Atualmente só vejo três pessoas chateadas e a quererem levar todos a tribunal”
Aleksander Ceferin Presidente da UEFA