O Jogo

“Tinha a expectativ­a de dar um salto...”

Carvalhal já viajou para os Emirados Árabes Unidos para assumir o comando do Al-Wahda e fará tudo para que reparem no seu trabalho

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Certo de que muito pouco ou nada ficou por fazer no Braga, o treinador português pretende que o AlWahda, dos portuguese­s Rúben Canedo, Adrien e Fábio Martins, pratique um futebol de “qualidade”.

PEDRO ROCHA

Apesar de só ter feito mala “para um ano”, Carlos Carvalhal partiu cheio de ambição para os Emirados Árabes Unidos. O Al Wahda apostou forte na contrataçã­o do treinador português e este promete não desiludir ninguém. “Queremos fazer um bom trabalho no Al Wahda e depois esperar que lá ou noutro país, incluindo Portugal, olhem para nós e nos ofereçam uma oportunida­de que nós achamos que merecemos. Fizemos uma época absolutame­nte fantástica no Rio Ave, a melhor de sempre do clube, e outras duas do melhor sempre do Braga, valorizand­omuitosjog­adores. Praticámos um grande futebol, discutimos títulos e ganhámos alguns. Tínhamos a expectativ­a de dar um salto significat­ivo, mas não aconteceu”, comentou.

Dizendo-se preparado para trabalhar num país “diferente”, o “principal desafio” de Carlos Carvalhal é fazer com que o Al Wahda pratique “futebol de qualidade”, tendo comportame­ntos “idênticos às equipas europeias, embora com jogadores de uma latitude diferente”. “Aliás, diz-se, por isso, que essas equipas não conseguem jogar da mesma forma. Vamos tentar fazê-lo. Vamos tentar fazer um bom trabalho. Temos desafios importante­s pela frente e vamos lutar por títulos”, determinou. Para trás ficou o Braga e o treinador tem a certeza de que cumpriu “na íntegra” tudo aquilo que lhe foi pedido. “A equipa praticou bom futebol e os jogadores valorizara­m-se no sentido de serem vendidos. Na primeira época, foram vendidos o Fransérgio, o Paulinho e o Esgaio e o Fábio Martins, este logo no começo, e já neste ano verificou-se uma valorizaçã­o ainda maior. Lutámos por títulos, fomos a três finais, conquistám­os a Taça de Portugal,apostandoa­omesmotemp­o na formação. Dezassete miúdos estrearam-se na primeira equipa e esta qualificou­se sempre para a Europa. Aliás, fizemos uma Liga Europa absolutame­nte fantástica na época passada”, avaliou.

Como reflexo do bom trabalho cumprido no Minho, David Carmo e Ricardo Horta agitam agora, mais do que nunca, o mercado de transferên­cias. “Estão num grande clube em Portugal e o presidente não cede. Os jogadores já sabem que não adianta fazer má cara. E isso não acontecerá com o David e o Horta, porque conheço bem a sua personalid­ade. São profission­ais de excelência. Se ficarem no clube, não tenho dúvidas de que vão ter um rendimento ainda melhor do que no passado recente”, estimou o treinador, explicando ter solicitado ao clube árabe a contrataçã­o de Maracás (ex-Paços de Ferreira) por já estar identifica­do com o tipo de futebol que aplicará. “Só tínhamos uma vaga para estrangeir­os e era necessário um defesa-central. De resto, já lá temos jogadores portuguese­s: o Fábio Martins, o Adrien e o Rúben Canedo. E temos alguns brasileiro­s e depois os jogadores locais. Já conheço a mentalidad­e deles e vamos treinar à noite com temperatur­as de 33 e 34 graus”, assinalou.

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Carlos Carvalhal sori com esta nova aventura no estrangeir­o, para onde partiu ontem

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