“Será um Europeu de transformação”
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—A Seleção compete pela segunda vez no Europeu, depois da presença em 2017. Há quem acredite que o primeiro jogo pode ditar aquilo o que vai ser a prestação da equipa nesta fase de grupos e a verdade é que Portugal se encontra num grupo de gigantes adormecidos. Os Países Baixos baixaram muito o rendimento após a mudança de treinador, a Suécia já não é a seleção importante de há alguns anos e somar pontos com a Suíça, a abrir o Euro pode dar esperança. Porém, acho difícil a passagem à fase seguinte, mesmo com boas exibições frente aos Países Baixos e Suécia.
O espera da participação da Seleção Nacional? 2
Qual a principal favorita à vitória?
—Será um Europeu surpreendente. O futebol feminino está a crescer a olhos vistos na Europa e as ligas começam a ter mais competitividade, o que gera melhores jogadoras e mais visibilidade. Espanha apresentar-se-á com uma equipa que nos últimos anos tem crescido muito em termos táticos e com um número elevado de jogadoras que representa um Barcelona avassalador nas últimas duas épocas. Inglaterra tem neste momento a liga mais competitiva da Europa, o que poderá resultar em bons resultados para as ‘lionesses’. Os Países Baixos, Dinamarca e Noruega são seleções com experiência e potencial para fazer um Europeu estável. Diria que há um lote alargado de candidatas e não se pode apontar uma seleção que parta demasiado à frente de outras.
3 Que impacto pode ter o Europeu no crescimento e valorização da modalidade?
—Este é um dos europeus de transformação do futebol feminino, algo que se confirma se pensarmos que os bilhetes para a final esgotaram em menos de uma hora. O facto de ser realizado num país que respira futebol também ajuda a dar visibilidade em termos mundiais. Será, quase de certeza, um Europeu com muito recordes, sejam eles em termos financeiros, imagem ou lotações de estádios. O momento de valorização que se vive deve ser agarrado e aproveitado para se apostar mais e melhor.