DJOKOVIC VOA BAIXINHO
Oitava vitória seguida em cinco sets no Grand Slam deixou o sérvio a dois triunfos de conquistar o torneio de Wimbledon pela sétima vez. O inglês Norrie é o rival das meias-finais Vencedor das três últimas vitória seguida edições, Nole somou a 26.ª
No maior teste a que foi sujeito nesta edição, bateu o italiano Jannik Sinner por 5-7, 2-6, 6-3, 6-2 e 6-2. Pela terceira vez em Wimbledon e oitava no Grand Slam recuperou de dois sets abaixo.
Indomável:
MANUEL PÉREZ
Se dúvidas houvessem ●●● relativamente ao principal candidato ao título em Wimbledon, coube ao próprio detentor comprovar que, depois da adversidade, o tetra pode estar ao virar da próxima ronda. Novak Djokovic foi testado até aos limites por uma das maiores promessas do circuito, como é o italiano Jannik Sinner, de 20 anos e 13.º mundial, necessitando de adicionar a experiência aos regulamentos,quandopediuumtoilet break e procedeu a um “discurso motivacional, virado para o espelho”, para regressar ao Central e vencer, pela oitava vez consecutiva, um encontro em que perdera os dois primeiros sets.
O número três mundial esteve mais de hora e meia à beira do precipício, assinando uma reação digna da sua classe, apenas comparável ao rival Nadal, que também faz com que o seu melhor nível apareça praticamente sempre nas situações mais complicadas. Não é também por acaso que o maiorquino pede para ir à casa de banho. “Às vezes, quando as coisas não estão a correr bem, é algo necessário”, justificou o sérvio, a propósito de uma pausa antes do assalto à conquista de três sets seguidos, que serviu para se “recompor, perceber o que se estava a passar e regressar muito confiante”.
O retorno traduziu-se num domínio absoluto, iniciado ao ter “a sorte de quebrar-lhe o serviço muito rapidamente no terceiro set e perceber que estava a movimentar-se menos bem; isso foi um grande tónico”, admitiu a lenda balcânica, ao cabo do 37.º triunfo num quinto set e o oitavo recuperando de dois sets abaixo. Na 11.ª meia-final em Wimbledon terá pela frente um jogador da casa, o londrino Cameron Norrie, atual 12.º de um ranking em que fez a estreia no top-10, em abril, tornando-se no quarto britânico a frequentar essa elite, como herdeiro de Andy Murray, Tim Henman e Greg Rusedski.