Falta Miguel Oliveira para fechar o mercado
MOTOGP Português pode mudar para a Aprilia ou manter-se na KTM, ao lado de Pol Espargaró e numa Tech3 que deve mudar a designação para GasGas
Só 11 pilotos de MotoGP foram anunciados para 2023, mas a realidade é que restam poucas dúvidas sobre a nova grelha e passam pelo almadense: arrisca na RNF Aprilia ou fica na conhecida Tech3?.
CARLOS FLÓRIDO
O MotoGP está de férias ●●● até 7 de agosto, data do Grande Prémio da Grã-Bretanha, e só com o regresso às pistas deverão chegar as últimas novidades sobre as movimentações de mercado para a próxima época, que não se esperam para Silverstone, mas para duas semanas depois, no GP da Áustria. A Ducati prevê dizer no Red Bull Ring quem promove à equipa principal, Enea Bastianini ou Jorge Martin – o preterido ficará na Pramac – e é provável que a KTM aproveite o facto de estar em casa para definir a sua segunda equipa. A Tech3 deverá passar a designar-se GasGas, o construtor espanhol que os austríacos compraram em 2019, e terá como pilotos Pol Espargaró e... Remy Gardner ou Miguel Oliveira.
Pit Beirer, diretor desportivo das três marcas do grupo – KTM, GasGas e Husqvarna –, deixou recentemente claro,
único vencedor português é o
sem o futuro definido de Grandes Prémios em entrevista à alemã “Speedweek”, que as portas continuam abertas para Miguel Oliveira. “Ele ainda pode conversar e negociar connosco sobre uma vaga na Tech3 para 2023. A oferta ainda está lá. Mas não há obstáculos nossos que o impeçam de assinar por outros. Ele não tem de comprar sua liberdade. Respeitamos o que conquistou nos sete anos connosco”, explicou o alemão de 49 anos, que também admitiu manter o australiano Remy Gardner e ironizou sobre o regresso de Pol Espargaró, que foi rendido por Joan Mir na Honda, e a transformação da Tech3 em GasGas, mas não negando essas notícias.
Segundo a publicação germânica, a oferta monetária para a Tech3 é bastante superior à da RNF Aprilia, o que complica ainda mais a decisão de Oliveira. Embora tenha dito que não aceitaria a despromoção, o almadense terá de escolher entre uma equipa satélite que terá a moto italiana deste ano, e não a de 2023, ou uma que se espera tenha a nova KTM, mesmo que pintada com as cores da GasGas. Por outro lado, a RNF encara-o como um líder indiscutível para render Andrea Dovizioso, uma vez que o segundo piloto será Raul Fernandez, atual “rookie” da Tech3, ou Darryn Binder, neste caso recebendo mais uma oportunidade. Se Oliveira recusar – há quem garanta que vai aceitar –, a equipa malaia poderá ir buscar Celestino Vietti, líder de Moto2.
Deixando a KTM, pela qual correu sete épocas, as últimas quatro em MotoGP, Oliveira irá fazê-lo na condição de piloto mais bem sucedido do construtor, com quatro vitórias e um total de seis pódios. Brad Binder, único que também ganhou corridas, tem dois triunfos em três pódios.