Chapéu de Mead desperta o sonho
Europeu começou com recorde de espectadores (68 871) e vitória da seleção da casa
PAULO NUNES TEIXEIRA
Apontado pela UEFA como melhor Europeu da história, Old Trafford foi o palco do arranque da 13.ª edição da competição, que reúne as 16 melhores seleções do Velho Continente. No Teatro dos Sonhos, 68 871 espectadores fizeram a festa, um recorde de assistências na prova (o anterior era de 41 301 na final de 2013) e no estádio a formação da casa correspondeu ao apoio maioritário com uma vitória por 1-0 sobre a Áustria.
À procura de erguer a taça pela primeira vez e com estatuto de candidata, a seleção de Sarina Wiegman, treinadora que guiou os Países Baixos ao título em 2017, faturou por Mead, autora de um chapéu a Zinsberger. Porém, os festejos não foram imediatos, pois as jogadoras austríacas consideraram que a bola não ultrapassou por completo a linha de baliza. Pela primeira vez num Europeu feminino, o lance teve intervenção do VAR, que dissipou dúvidas quanto a um... eventual fora de jogo de Mead, o que permitiu à árbitra espanhola Marta Huerta de Aza (foi mãe em 2021 e é professora) validar o lance.
Com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, a assistir ao desafio no estádio, as inglesas foram superiores, geriram a partida e obtiveram a oitava vitória sobre a Áustria em igual número de embates. Todavia, não se livraram de um susto, quando Earps, guarda-redes do Manchester United, teve uma grande intervenção, negando o golo a Dunst (78’). “Que noite incrível. É fantástico começar o torneio com uma vitória e estou feliz por ter marcado. Na altura, tive a certeza que a bola tinha passado a linha de baliza, mas ficamos sempre na dúvida quando há aquele compasso de espera até ser validado”, disse Beth Mead, avançada do Arsenal.