“Caminhada rumo à média europeia”
Diretor desportivo do Comité Olímpico indicou quais os passos a seguir com vista aos Jogos Olímpicos, depois do êxito em Oran
Uma Missão maior em Paris’2024 é um dos desejos do responsável do COP, que ambiciona colocar Portugal na casa das sete medalhas olímpicas por edição, ainda que leve uma ou duas décadas.
Sabendo do “valor da Missão” antes de rumar a Oran, Pedro Roque, diretor desportivo do Comité Olímpico de Portugal, defendeu que os atletas nacionais obtiveram “classificações muito boas”, lembrando não só os medalhados, como também os 10 quartos lugares e 17 quintos alcançados, num evento que foi “de nível elevado”. O responsável particularizou o atletismo e a natação, para lembrar que foram estabelecidos cinco recordes nacionais, 11 melhores marcas pessoais e 20 melhores marcas do ano, destacando a natação, que “veio na máxima força e encarou a competição com muita seriedade”.
Elegendo a equipa feminina de andebol como uma das surpresas, “pelo rendimento das jovens”, Roque sublinhou ainda a quantidade atletas promissores “a obter resultados de excelência”. “O Diogo Ribeiro tem 17 anos, a Camila Rebelo 19, a Maria Inês Barros e a Daniela Campos 20. O futuro do desporto português está aqui”, vincou, desejando que esta participação se traduza no crescimento da Missão para Paris’2024.
“Temos muitas expectativas de que possamos continuar a ter modalidades coletivas, mas também queremos alargar o leque em termos de eventos de medalha”, afirmou, indicando o rumo. “Temos de caminhar para a média europeia. Está fixada em nove medalhas por edição. Em países entre cinco e 12 milhões, é de 7,5 medalhas. Há um longo caminho, Paris é provável que ainda seja cedo, mas temos de andar nesse sentido. É porventura um caminho de uma ou duas décadas, mas temos de o fazer e acreditar que é possível, porque Portugal tem condições para ter nível desportivo muito elevado”, finalizou Pedro Roque. O recorde de pódios nacionais em Jogos Olímpicos foi batido em Tóquio, com quatro medalhas.