O meio-campo exige respeito
Três candidatos, a mesma interrogação por três caminhos diferentes: quem será o “segundo” médio? O FC Porto perdeu o dele, o Sporting ainda não sabe se vai perder e o Benfica conta ter, finalmente, um a caminho. O meio-campo exige respeito. As explicações para o destino das equipas encontram-se muitas vezes naquela combinação de dois ou três jogadores. Vitinha e Matheus Nunes foram o coração de FC Porto e Sporting durante uma boa parte da época. O Benfica vive de transplante em transplante há alguns anos, sem acertar com a fórmula.
Mercado (Gabriel, Weigl, João Mário, Meité), formação (Gedson, Florentino, Paulo Bernardo), reciclagem (Taarabt): parece que tudo foi experimentado. Caída do céu a eliminação do River Plate, na Taça Libertadores, Enzo Fernández traz para Lisboa a esperança de ser o Santo Graal que foram Vitinha e Matheus para os outros dois. No FC Porto, espera-se o oposto: que Vitinha não tenha levado com ele a afinação. Do regresso de Uribe à posição 8 até ao desenvolvimento de Grujic como box to box, passando pela descida de Otávio ou mesmo pela transfiguração de outro médio da equipa B (Vasco Sousa será o melhor candidato), são várias as opções e escassas as certezas. No Sporting, também é o oposto disso: menos opções e mais certezas. Ugarte está testado, garante um bom rendimento mínimo nas funções habituais de Matheus, e Amorim passará a preocupar-se com o primeiro médio, que costumava ser o uruguaio, se o luso-brasileiro sair. Do sucesso ou insucesso destas conjeturas sairá, provavelmente, o próximo campeão. Com o meio-campo não se brinca.