“PROVA LIMPA” ADoP suspende oito ciclistas
Autoridade não terá ficado convencida com explicações pedidas aos corredores da W52-FC Porto
Envolvidos enfrentam pena provisória com duração de 120 dias, o que hipoteca o que resta da época. No entanto, a decisão é passível de recurso junto do Tribunal Arbitral do Desporto.
A operação “Prova Limpa”, desencadeada pela Polícia Judiciária no final de abril para a deteção de métodos proibidos e substâncias ilícitas em provas de ciclismo, conheceu novos desenvolvimentos, com a Autoridade Antidopagem de Portugal a suspender preventivamente oito ciclistas da W52-FC Porto – seis deles alinham no GP Douro Internacional, sabe O JOGO –, mais dois mecânicos.
A o que tudo indica, a AdoP não terá ficado satisfeita com as explicações solicitadas aos corredores para a posse de medicamentos nas suas residências quando foram alvos de buscas, daí a suspensão, que foi comunicada “aos ciclistas, clube, Federação Portuguesa de Ciclismo, União Ciclista Internacional e Agência Mundial Antidopagem”, segundo fonte ligada ao processo.
A pena provisória tem a duração de 120 dias, o que significa não voltar a correr esta temporada, estando a Volta a Portugal a três semanas de distância. No entanto, os 10 visados pode recorrer da decisão junto do Tribunal Arbitral do Desporto, continuando a competir.
A meio do Grande Prémio Douro Internacional, a organização da corrida não foi notificada por escrito de nenhuma medida e a mesma garantia deixou a W52-FC Porto, que estava assim preparada para alinhar nos 29,1 quilómetros da terceira etapa de hoje, em Resende, cumprindo todas as rotinas para o efeito, depois de festejar em grupo o êxito de José Neves. Caso alguma notificação surja, os dragões aceitam retirar-se da prova, pois “cumprem a lei e os regulamentos”, nas palavras de Jorge Henriques. “Vamos tentar ganhar a corrida com o José Neves”, finalizou o diretor desportivo.
“Vamos tentar ganhar o Grande Prémio com o José Neves”
Jorge Henriques Diretor desportivo W52-FC Porto