Em busca do título que falta
Pedro Pichardo encabeça a comitiva lusa do atletismo, que hoje se inicia em Munique
Recém-sagrado campeão do mundo, o saltador do Benfica procura o primeiro título europeu, mas há mais chances de pódio em Munique, onde Portugal se apresenta com a maior delegação de sempre.
CATARINA DOMINGOS
Com uma uma medalha já arrecadada, por intermédio de Iúri Leitão (em scratch, no ciclismo de pista), Portugal pode reforçar o medalheiro nos Campeonatos Europeus, em Munique (Alemanha), nos próximos dias, com a entrada em cena do atletismo.
Se, no evento multidesportivo de 2018, a modalidade rendeu os únicos títulos europeus da participação lusa (Nelson Évora no triplo salto e Inês Henriques nos 50 km marcha), desta vez as principais esperanças lusas recaem sobre os nomes que sobressaíram em Tóquio’2020. Do lote que fez top-5 nos Jogos da capital japonesa,hoje competem, no Olympiastadion, Pedro Pichardo, Auriol Dongmo e Liliana Cá, devendo a qualificação ser uma formalidade para os três. Enquanto Dongmo é líder do ranking continental, Pichardo chega à cidade bávara na condição de recém-sagrado campeão mundial, buscando o único título que lhe falta no palmarés. Com 17,95 metros como melhor marca da época, no salto que lhe deu o título planetário, a busca por superar os 18 metros ou bater o recorde mundial estará na cabeça do saltador do Benfica.
Além do trio, mais 16 portugueses entram em ação no dia inaugural, que terá Tsanko Arnaudov, Jéssica Inchude (ambos peso), Tiago Pereira (triplo salto) e Irina
Rodrigues (disco) nas disciplinas técnicas e as eliminatórias nos 100 metros (Carlos Nascimento e Lorène Bazolo), 400 (João Coelho e Cátia Azevedo) e 1500 (Isaac Nader).
Os títulos nas maratonas vão ficar entregues a abrir, tendo Portugal quatro representantes na vertente masculina e três na feminina. Nesta, é de destacar o regresso de Sara Moreira à distância mais longa. Sendo a sua primeira prova da temporada, o desfecho é uma incógnita.