O Jogo

HORTA QUEIXA-SE À FIFA

Criativo força saída para a Luz e avança contra o Málaga

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Fundo que detém parte dos seus direitos económicos também é alvo da reclamação

Mircea Lucescu continua como técnico e apenas quatro jogadores estrangeir­os (Carlos de Peña, Vitinho, Shkurin e Verbic) saíram do clube ucraniano efetivamen­te após o início do conflito armado.

O Benfica visita amanhã o Dínamo Kiev na casa emprestada dos ucranianos em Lodz, Polónia, no primeiro de dois embates que vão decidir qual das duas equipas chega à milionária fase de grupos da Liga dos Campeões. Um reencontro entre dois emblemas que, na época passada, se chocaram nessa mesma fase mas num contexto brutalment­e distinto: na visita encarnada a Kiev, a 14 de setembro de 2021, não havia ainda acontecido a invasão russa à Ucrânia

que mudou muita coisa no país. Mas, apesar de tão violento impacto, o Dínamo resistiu e, onze meses depois dessa partida, volta a receber as águias apresentan­do-se com poucas diferenças, mostrando que o impacto da guerra, pelo menos em termos de equipa base e plantel, não causou rombo profundo.

Ao contrário do que sucedeu com o rival Shakhtar (ver página 11), o Dínamo perdeu poucos elementos em relação ao plantel de 2021/22, antes da invasão. Efetivamen­te e de forma clara na sequência do conflito armado, houve quatro partidas: o uruguaio Carlos de Peña (para o Internacio­nal), o brasileiro Vitinho (Athletico Paranaense), o bielorruso Shkurin (Rakow) e, já nesta época, e depois de

Diferença grande para o Dínamo será ter de jogar na Polónia, em Lodz e não no seu terreno em Kiev onde, a 14 de setembro de 2021, o Benfica de Jesus jogou na fase de grupos da Champions. ter ajudado o Dínamo a eliminar o Fenerbahçe de Jorge Jesus, também o esloveno Verbic deixou os ucranianos para jogar no Panathinai­kos. Mykolenko, que defrontou as águias no ano passado em Kiev e a 8 de dezembro na Luz, já saíra em janeiro, mas antes da invasão russa de dia 24 de fevereiro de 2022, rumo ao Everton, o mesmo sucedendo com Eric Ramírez (para o Gijón, e agora no Slovan Bratislava) e Sidcley (PAOK, agora no Cuiabá).

Em comparação, e num cenário de paz, o Benfica viu sair mais elementos do que o Dínamo, consideran­do apenas os jogadores que entraram nas fichas dos dois jogos com os ucranianos: Lázaro, Ferro, Gedson, Pizzi, Taarabt, Radonjic, Everton, Seferovic e Darwin foram opções para o técnico de então,

Jorge Jesus, também ele já fora das águias mas agora não são armas para Roger Schmidt. Acrescente-se que, no banco do Dínamo, continua o “eterno” Mircea Lucescu, 77 anos, que irá dar a cara por uma equipa desejosa de vencer por si e pela honra de um país.

Águias com maior experiênci­a internacio­nal Sem os castigados Zabarnyi, Garmash e Sydorchuk, a estratégia de Lucescu fica limitada, até porque são três elementos experiente­s na seleção da Ucrânia e na Champions. Isso contribui para que o onze provável do Benfica em Lodz seja esmagador em jogos internacio­nais em comparação com o Dínamo. Mesmo com Gilberto, Morato, Grimaldo, Florentino, Enzo Fernández e Gonçalo

Ramos ainda sem jogos pelas seleções A, elementos como Otamendi, Vlachodimo­s, João Mário e Rafa colocam as águias bem à frente dos ucranianos em jogos (ver quadro). Este lote é “reforçado” por David Neres, se recuperar a tempo do jogo, em experiênci­a de Champions. Contas feitas, o Dínamo terá no seu onze mais elementos com jogos de seleções mas globalment­e com menos partidas nas pernas (167 para as 200 no Benfica). Já em termos de Champions, as águias mais do que dobram os valores do global dos potenciais titulares do Dínamo: 201 para 99.

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