“Foi aqui pelo FC Porto”
Joaquim Gomes agradeceu aos municípios de Porto e Gaia terem mantido a etapa e deu W52 e FC Porto como “também lesados” pelo caso de doping
A etapa final da Volta foi um êxito, viram-se bandeiras azuis e brancas e o diretor da Volta falou com nostalgia da ausência dos portistas, embora em Gaia fosse difícil imaginar onde meter mais gente...
Existiram receios quanto à última etapa desde o dia em que se soube que a W52-FC Porto não alinharia na Volta e o seu diretor, Joaquim Gomes, até ouviu boatos “que diziam que seria entre a Trofa e Famalicão”. Mas os 18,6 km entre o Porto e Gaia fizeram-se, com uma multidão acima das expectativas a aplaudir – a zona de meta esteve mesmo superlotada –, muitas camisolas e bandeiras azuis e brancas e... zero problemas.
“Só consigo dar um enorme agradecimento à Câmara Municipal de Gaia e à do Porto. A principal motivação dos dois municípios, desde o final de 2021, era o sucesso da equipa do FC Porto”, revelou Gomes, que considerou a organização deste ano, “debaixo de um ambiente nefasto”, como “uma tarefa hercúlea”.
O organizador não disfarçou alguma nostalgia pela ausência da equipa vencedora dos anos anteriores, considerando que a sua presença, “sem os corredores suspensos, alteraria este ambiente”, que desanuviou graças “aos ciclistas, a quem o público nunca regateou apoio”. “A W52 e o FC Porto eram patrocinadores e também podem ser consideradas entidades lesadas”, disse o diretor de corrida, para quem a Volta “seria um acontecimento brutal se tivesse os três grandes”. Sem eles, a Glassdrive dominou e Gomes considerou que “pontualmente acontece”. “Inédito foi em 2019, com dois corredores a partirem empatados no último dia”, lembrou.
“O que afastou o ambiente nefasto foram os ciclistas, a quem o público nunca regateou o seu apoio. A W52 e o FC Porto também foram entidades lesadas”
Joaquim Gomes Diretor da Volta a Portugal