O Jogo

CAMBALHOTA NO MARCADOR E COM POLÉMICA

IMPARÁVEL Frente a um Vizela bem organizado e que esteve a ganhar, o Benfica deu a volta a jogar com 10, tendo chegado ao triunfo de penálti e nos descontos

- ●●● Textos MANUEL CASACA

O Vizela marcou no primeiro remate à baliza, depois dispôs de algumas ocasiões para o 2-0, mas o Benfica nunca desistiu, empatou com um golaço de David Neres e garantiu a reviravolt­a de penálti.

O Benfica continua imparável no campeonato e somou a quinta vitória consecutiv­a na prova, mas teve de sofrer e de dar a volta ao marcador. Mais do que dizer que os encarnados estiveram a perder, vale a pena reforçar que o Vizela é que esteve a ganhar no Estádio da Luz, com um golo de Osmajic, obrigando a equipa treinada por Roger Schmidt a dar a volta ao marcador. O triunfo surgiu já no último dos oito minutos de descontos concedidos pelo árbitro, através de uma grande penalidade muita contestada pelos vizelenses e analisada no Tribunal O JOGO na página 4.

Para continuar 100 por cento vitorioso e isolado na liderança do campeonato, o Benfica teve de dar a volta a muitas contraried­ades, a começar pela constituiç­ão do eixo defensivo. Sem Morato, António Silva voltou à titularida­de, agora para jogar ao lado de Otamendi, depois de ter feito a estreia no Estádio do Bessa. Os dois centrais viram-se, no entanto, impotentes para evitar o primeiro golo do jogo, marcado por Osmajic, que aproveitou os espaços concedidos pelos médios do Benfica, depois de uma bola perdida por João Mário. Álvaro Pacheco tinha prometido que iria marcar e até tinha avisado que a sua equipa iria tentar aproveitar os espaços concedidos pelo adversário. A verdade é que a equipa minhota inaugurava o marcador no primeiro remate à baliza defendida por Vlachodimo­s, que deixou passar a bola entre ele e o poste direito.

Surpreendi­do, o Benfica manteve uma pressão asfixiante no último terço do campo, mas uns metros atrás deu mais espaços e o Vizela aproveitou para colocar em jogo a sua boa organizaçã­o, chegando ao intervalo a vencer .

Na segunda parte, Álvaro Pacheco tirou Raphael Guzzo, que tinha um cartão amarelo, e apostou em Claudemir, isto depois de já ter sido obrigado a trocar Bruno Wilson por Ivanildo Fernandes. Nada que alterasse a postura dos minhotos, que continuava­m a sair bem para o ataque e a criar algumas boas oportunida­des para o 2-0. O montenegri­no Osmajic deu sempre muitas dores de cabeça à defensiva encarnada, tendo saído, aos 66’, numa altura em que a ideia passava por refrescar o ataque e tentar segurar a vantagem. No entanto, 10 minutos depois, David Neres marcou, depois de combinar com Bah, que tinha entrado para o lugar de Gilberto, claramente a perder gás com o passar do tempo e a quem os cruzamento­s não saíam bem. Mas quem tem Neres arrisca-se a assistir a bons espetáculo­s e o brasileiro marcou um golaço, de fora da área.

Com o jogo empatado, o Benfica tinha tempo para dar a volta ao marcador, até porque o árbitro concedeu oito minutos de descontos, mas a expulsão de Gonçalo Ramos, aos 90’+1’, parecia deitar tudo por água abaixo. Além disso, David Neres, esgotado, já tinha sido substituíd­o. No entanto, mesmo a acabar, Rafa rematou de fora da área, a bola bateu em Diego Rosa e o árbitro assinou penálti. Muito tranquilo, João Mário marcou e foi a euforia no Estádio da Luz.

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Enzo Fernández foi preterido para o assalto final
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