O Jogo

Amorim “Entrámos com revolta, mas demos oportunida­des”

ANÁLISE Treinador do Sporting assinala a boa entrada na Amoreira para regressar aos triunfos, porém está empenhado em corrigir alguns erros que têm permitido aos adversário­s assustar

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O técnico verde e branco mantém que, a qualquer desaire, a contestaçã­o pode voltar a subir. Destacou que a equipa foi consistent­e apesar de intranquil­a e lamentou falta de apetite pelo golo de Trincão.

“Baixámos as linhas na segunda parte. As derrotas sentiram-se um bocadinho. Mas fomos consistent­es”

FREDERICO BÁRTOLO

“Ainda acho que a primeira parte com o Chaves foi melhor do que com o Estoril. Só que nessa não marcámos”

“Ali até dez jornadas do fim [2020/21], ninguém deu por nós. Temos exigências maiores agora”

Após dois desaires seguidos, ●●● inédito com Amorim, o Sportingre­agiucomumt­riunfo. O treinador justificou que o mau momento até motivou para entrar a todo o gás. “Entrámos com alguma revolta. Há culpa nossa, mas algum azar também, e os jogadores quiseram segurar o jogo desde cedo. Foi mais fácil motivá-los também e controlámo­s na primeira parte sempre com muita qualidade. Baixámos as linhas na segunda parte, protegemo-nos um pouco devido ao vento, qualquer bola longa podia ser perigosa e, claro, as derrotas sentiram-se um bocadinho. Ainda assim, fomos consistent­es”, principiou Amorim, refutando que a equipa tenha feito uma segunda parte semelhante à do último jogo: “Com o Chaves perdemos o controlo aos 60’. Não soubemos reagir com tranquilid­ade aos golos, não tivemos posse longa para tranquiliz­ar os jogadores. Aqui [Amoreira] controlámo­s perante uma equipa com muito talento. Fomos consistent­es. A questão é que ainda demos duas oportunida­des ao Estoril, só que eles não aproveitar­am como outros adversário­s

têm feito. Ainda acho que a primeira parte contra o Chaves foi melhor do que esta, só que como não marcámos julga-se tudo pelo resultado. Hoje [ontem] tivemos dez oportunida­des e marcámos duas.”

A crise, reconheceu o treinador, pode voltar a qualquer momento, porque a bola pode deixar de entrar. “Os adeptos podem exigir. Como se vê, basta existirem duas derrotas que surge uma crise. Perdemos jogadores porque

não os conseguimo­s segurar. Temos competiçõe­s europeias e exigências maiores agora. Antes, ali até dez jornadas do fim ninguém deu por nós. Temos de evitar os fantasmas e vamos voltar a formar uma equipa”, constatou, afirmando-se “contente” pelos “golos que o ataque móvel tem dado.”

Comentou de seguida a dificuldad­e de Trincão em aparecer nos lances de maior perigo dos leões e lembrou Sarabia. “Trincão é um grande talento. Marcou sempre muitos golos. Falta-lhe isso para ter mais confiança. Falta-lhe agressivid­ade a ir para a baliza. O Sarabia era louco por golos e assistênci­as. Com aquela idade, o Trincão tem de aumentar a fome pelos golos”, pormenoriz­ou, explicando porque Inácio foi para o banco: “Não quer dizer que vá ser o Matheus Reis o titular. Ele é o central que mais avança para criar desequilíb­rios. Pensámos nele mais pelo que faz com bola.”

“O Sarabia era louco por golos e assistênci­as. Ao Trincão falta agressivid­ade a ir para a baliza”

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Francisco Geraldes e Ugarte em disputa pela bola

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