Um já deu pontapé na crise
VITÓRIA O Santa Clara conquistou o primeiro triunfo no campeonato, com golos de Allano e Matheus Babi, e o Marítimo teve a vitória nas mãos, mas Joel Tagueu, num penálti, enviou à barra
Equipa açoriana esteve a perder, mas tudo se alterou na segunda parte. Com muitas contrariedades, o Marítimo esteve em vantagem e deixou fugir o triunfo. Seabra em cheque.
ARTHUR MELO
Enquanto o Santa Clara ●●● se estreou a vencer no campeonato e, para já, deu um pontapé na crise de resultados, o Marítimo continua em maré de azar – e de falta de eficácia – e a realizar o seu pior arranque de sempre na I Liga.
Os açorianos, que encontraram o equilíbrio e um pouco de racionalidade ao intervalo, aproveitaram em grande parte o facto de os madeirenses não terem conseguido fechar o jogo na primeira etapa, acabando por em dez minutos sentenciar um mau jogo de futebol que foi, quase sempre, jogado mais com o coração do que com a cabeça.
Os 48 por de tempo útil jogado explicam a ansiedade que os dois grupos atravessam e determinaram não apenas o desenrolar da partida, como também o seu desfecho.
As mexidas que os treinadores operaram nos conjuntos (cinco do lado do Santa Clara e quatro no lado do Marítimo), mais a alteração de sistema que Mário Silva introduziu (4x2x3x1), não deram muitos resultados. O Marítimo foi forçado a duas alterações por lesão ainda antes do primeiro quarto-dehora e o Santa Clara, sem capacidade para pegar no jogo,
era uma presa fácil na sua primeira fase de construção, onde havia muita tremideira. A equipa de Vasco Seabra, que parecia melhor no encontro, ficou mais confortável com o golo de Xadas, mas depois eclipsou-se. Joel Tagueu, da marca dos 11 metros, podia ter aumentado a vantagem, mas o camaronês acertou na trave!
Foi o canto do cisne para o Marítimo. A equipa acusou o desperdício e não soube contrapor a reação adversária que surgiu graças ás entradas de Allano e Ricardinho. O primeiro deu o mote para a reviravolta e levou a equipa até à vitória, enquanto os madeirenses ficavam privado de Winck, expulso após entrada excessiva.