Apito final foi um alívio
INSOSSO Casa Pia e Arouca protagonizaram um espectáculo fraco, com poucas oportunidades, em que o nulo se adequa perfeitamente ao que as duas equipas não fizeram no relvado
“Na primeira parte, não fomos a equipa que costumámos ser. Na segunda, conseguimos entrar na área, mas faltou-nos definir melhor"
Filipe Martins Treinador do Casa Pia
“As equipas respeitaram-se muito e, por isso, foi equilibrado. Depois do jogo com o Braga, saímos daqui com um sentimento positivo" Armando Evangelista Treinador do Arouca
Filipe Martins tentou imprimir mais velocidade no jogo com a entrada de Romário Baró, enquanto Evangelista refrescou o ataque e tentou surpreender em transições.
MIGUEL GOUVEIA PEREIRA
Há certos espectáculos ●●● que são tão fracos que os espectadores deviam ter direito a pedir o dinheiro do bilhete de volta. O empate entre Casa Pia e Arouca (0-0) é, infelizmente, um exemplo disso. O nulo adequa-se perfeitamente àquilo que se passou no relvado e o último apito de Carlos Macedosignificouofimdeum martírio. Houve períodos de alguma superioridade dos gansos, outros momentos em que os arouquenses tiveram equilíbrio, mas nenhuma das equipas merecia terminar o jogo com os três pontos. Os dois treinadores, cada um comasuaestratégia,tentaram
mudar o rumo dos acontecimentos e incutir uma mensagem vencedora aos jogadores. Contudo, a maioria dos artistas teve um dia totalmente desinspirado. Por seu turno, como confessou Armando Evangelista no rescaldo do encontro,esteresultadoteveum condão positivo para os arouquenses, que, depois da pesada derrota em casa com o Braga (6-0), saiu do Jamor sem sofrer golos e com uma boa postura defensiva. Faltou o mesmo no ataque.
A primeira parte foi jogada muitas vezes aos repelões e com poucas ideias. Do lado do Casa Pia, Godwin tentava imprimir alguma velocidade, mas definiu quase sempre mal. Já o Arouca optou por um jogo um pouco mais direto e o remate de Rafael Mújica, aos 21’, foi o único motivo de interesse antes do intervalo.
O descanso pareceu numa primeira fase ter feito bem
aos gansos. As tentativas Lucas Soares (49’) e João Nunes (58’) animaram por momentos o jogo, antes de voltar a sonolência.
Filipe Martins colocou Romário Baró em campo para tentar imprimir mais velocidade, enquanto Armando Evangelista refrescou os homens da frente com o objetivo de apostar no contra-ataque. Mas seria de fora de área que Vitinho Moura (73’ ) e Morlaye Sylla (90’ +5’ ) quase surpreenderam Ricardo Batista.