SÉRGIO EM SILÊNCIO POR QUESTÃO A MEHDI
Iraniano foi interrogado no flash interview sobre o lance que lhe custou a expulsão contra o Atlético de Madrid e o treinador decidiu não falar
Avançado deu a sua visão da jogada com Witsel e sustentou que, por ter existido um contacto, não houve simulação. Rui Moreira entre os que se indignaram com a pergunta colocada ao portista.
BRUNO FILIPE MONTEIRO ANDRÉ BASTOS
Uma questão colocada a Taremi na flash interview, em que o iraniano foi confrontado com a polémica expulsão com o Atlético de Madrid, em que o árbitro considerou que simulou um penálti, prolongou o período de silêncio de Sérgio Conceição. Como O JOGO informou na versão online, o treinador do FC Porto decidiu não se apresentar na zona de entrevistas rápidas, por entender que o espaço deve ser dedicado a perguntas sobre o jogo em concreto. De resto, ainda recentemente o tema foi alvo de forte discussão, depois de Rúben Amorim, do Sporting, ter sido interrogado sobre umas declarações de Slimani depois de este ter saído do clube. Contudo, no caso de Conceição, que também não se dirigiu posteriormente à sala de Imprensa do Estádio António Coimbra da Mota, coloca-o à mercê de eventual castigo do CD da FPF, uma vez que o regulamento de competições prevê multas para faltas de comparência naquela entrevista rápida.
Quanto a Taremi, visado com a questão que motivou o protesto de Sérgio Conceição e ainda a indignação nas redes sociais de Francisco J. Marques (diretor de comunicação do FC Porto) e Rui Moreira (presidente da Câmara Municipal do Porto e vice-presidente do Conselho Superior dos dragões), não escondeu o desconforto com as acusações de terceiros de que teria simulado o penálti com o Atlético de Madrid. “É uma questão sua ou...”, começou por questionar
o internacional iraniano, antes de interpelar o jornalista se havia visto a ação. “O meu pé esquerdo estava no pé do Witsel e o direito tem de ir para a esquerda, certo? Não é simulação. Quando há um contacto, não é simulação”, sustentou, manifestando logo de seguida o desagrado pelo momento. “Isto não é nada. Devíamos falar sobre este jogo. Obrigado”, acrescentou, antes de deixar o espaço.
Face a tudo isto, poderão agora passar-se mais de duas semanas sem Sérgio Conceição realizar uma intervenção pública. A última vez que o treinador do FC Porto respondeu a questões foi no final do desafio com o Brugge, na terça-feira, dia em que o carro onde seguiam a mulher e dois filhos foi atacado. A próxima conferência deverá ocorrer somente no dia 29, véspera da receção ao Braga, para a Liga.
“O meu pé esquerdo estava no pé do Witsel e o direito tem de ir para a esquerda, certo? Não é simulação. Quando há um contacto, não é simulação”
Medhi Taremi