Rúben Amorim “A diferença pontual começa a ser grande”
CONTAS Treinador do Sporting descarta “olhar muito para a tabela”, mas reconhece que nova derrota complica a luta pela liderança. Considera o resultado injusto e salienta eficácia boavisteira
Líder do balneário leonino recusa “atirar a toalha ao chão”, afirma que os leões estão “no caminho certo” e que só falta “consistência”. Lamenta ter agora uma pausa competitiva e assim não ter reação imediata.
FREDERICO BÁRTOLO
“Estamos a ter momentos bons, mas perdemos pontos que nos vão sair caros no futuro”
“Temos de aproveitar as oportunidades. O Boavista foi duas vezes à nossa baliza e marcou”
“Não podemos evitar aquele grande remate, mas podíamos evitar que eles saíssem pela esquerda”
O Sporting está a oito ●●● pontos do Benfica, pode ficar a 11 em caso de vitória encarnada, e é por aí que Rúben Amorim começa a conferência de Imprensa, lamentando o desaire no Bessa. “Estivemos sempre na frente durante dois anos.Nãopodemosolharsempre para a tabela. Temos de melhorar, de ter calma, sabendo que a diferença pontual começa a ser muito grande”, comenta o técnico após a terceira derrota no campeonato, recusando superioridade do adversário ou quaisquer dramatismos pela classificação: “É completamente injusto, mas é nessa fase que estamos no campeonato. Estamos a jogar como uma equipa grande e falta-nos a consistência nos resultados. Estamos a ter momentos bons, mas perdemos jogos e pontos que certamente nos vão sair caros no futuro. Cá estaremos para assumir as responsabilidades. Nunca atiro a toalha ao chão. O projeto do Sporting é muito longo. Não tem a ver com este treinador e esta época. Temos de ser mais consistentes, de resto estamos no caminho certo.”
O treinador do Sporting deixa reparos às decisões ofensivas.
“Temos de aproveitar as oportunidades, temos de ser melhores com a bola à frente da área. O Boavista foi duas vezes à nossa baliza e marcou. É esse o resumo do jogo. Tínhamos de marcar nos primeiros 30 minutos para depois controlarmos, podermos chamálos um pouco. Foi frustrante porque entrámos na segunda parte como na primeira, com muita calma, e não ficámos desesperados. Com o jogo completamente controlado sabíamos que ainda tínhamos
tempo, mas, depois, o penálti tirou-nos do jogo. Festejaram, demoraram com substituições, o que é normal, e acabou praticamente ali o jogo. Os jogadores do Boavista começaram a cair com queixas musculares também.”
Amorim analisa ainda os golos sofridos, lembrando que a equipa esteve quatro encontros sem encaixar qualquer tento. “Houve um grande golo, coisas que não controlamos. Não podemos evitar aquele remate, mas
podíamos era evitar que eles saíssem pela esquerda. Depois, o penálti nasce de uma bola longa na qual temos de acertar na cabeçada”, recorda, considerando que Pedro Gonçalves “passou ao lado do jogo”, que os “erros no último passe” não permitiram chances a Porro e Nuno Santos nas laterais e que a pausa para as seleções é negativa: “Uma equipa grande que tem uma paragem depois de uma derrota sente muito e fica a pensar nisso.”
“Uma equipa grande que tem uma paragem depois de uma derrota sente muito”