Será possível?
AAcadémica/OAF foi a votos a 4 de Junho e os órgãos sociais tomaram posse a 15 desse mês. Entretanto, realizaramse duas reuniões entre direções cessante e eleita. Do que se sabe, muitas questões colocadas aos antigos dirigentes ou não foram respondidas até hoje, ou o foram de forma incompleta, enganosa ou mesmo falsa. Factos: livros de cheques do OAF e da SDUQ não estavam nas instalações da instituição mas em casa de um dos presentes, que só os devolveu dias depois da tomada de posse. Porquê? Quantos cheques foram emitidos? Os códigos de acesso às contas bancárias eram do conhecimento exclusivo de ex-dirigentes e só foram disponibilizados, após muita pressão, na 2ª quinzena de Agosto, dois meses e meio após as eleições! Será possível tal irresponsabilidade? O que queriam esconder? Há centenas de movimentos, sobretudo saídas de dinheiros, sem documentos de suporte justificativos. Quando solicitados, as respostas variaram entre “não sei”, não de recordo”, “esqueci-me, desculpem lá, tenho alguma coisa lá em casa”… Hoje sabe-se que esses dirigentes negociaram à pressa adiantamentos de rendas que vão de 2 a 10 anos, num valor que deverá atingir quinhentos mil euros! Dinheiro que se evaporou sem que se cumprissem as obrigações. Contratos que diziam estar nas instalações do OAF e SDUQ levaram sumiço e, candidamente, Roxo diz que quem sabe deles é Afonso, que devolve a bola a Roxo para depois dizerem que afinal deve ser Maló a ter a documentação! Maló que responde, por escrito, que nunca lhe foi entregue nada do que os outros afirmam. Documentação, acordos, memorandos, comunicações e emails com a Athlon? Ou com os brasileiros Guimarães e Neto? Não foram disponibilizados! Quem tem os originais? Os emails de assuntos do OAF e SDUQ desapareceram e não são disponibilizados pelos dirigentes de então, que talvez pensem não ter que prestar contas ou entregar documentos a quem de direito. Agora que as comadres se zangaram, o agente Nuno Patrão publicou um direito de resposta que refere que tinha uma proposta de venda de Pedro Nuno superior em 30% ao valor que foi negociado para o Benfica. O mesmo se terá passado com Chiquinho, que também foi para a Luz. Já sabíamos que esses dirigentes venderam a sede dos Arcos ao amigo “Pipas” por menos 50 mil euros que a melhor proposta e que o negócio de Luisinho para o Braga é uma vergonha inaceitável. Por isto e o que mais se irá saber, considero que, a bem da Académica, se devem tomar as seguintes providências: comunicar às autoridades competentes casos que podem consubstanciar gestão danosa, irregular, subtração ou não entrega de documentação oficial, inexistência de elementos que suportam verbas que estão em falta, e a realização de auditorias completas (organizacional, financeiro e forense) à gestão dos últimos seis anos. Doa a quem doer!