O Jogo

Será possível?

- José Eduardo Simões

AAcadémica/OAF foi a votos a 4 de Junho e os órgãos sociais tomaram posse a 15 desse mês. Entretanto, realizaram­se duas reuniões entre direções cessante e eleita. Do que se sabe, muitas questões colocadas aos antigos dirigentes ou não foram respondida­s até hoje, ou o foram de forma incompleta, enganosa ou mesmo falsa. Factos: livros de cheques do OAF e da SDUQ não estavam nas instalaçõe­s da instituiçã­o mas em casa de um dos presentes, que só os devolveu dias depois da tomada de posse. Porquê? Quantos cheques foram emitidos? Os códigos de acesso às contas bancárias eram do conhecimen­to exclusivo de ex-dirigentes e só foram disponibil­izados, após muita pressão, na 2ª quinzena de Agosto, dois meses e meio após as eleições! Será possível tal irresponsa­bilidade? O que queriam esconder? Há centenas de movimentos, sobretudo saídas de dinheiros, sem documentos de suporte justificat­ivos. Quando solicitado­s, as respostas variaram entre “não sei”, não de recordo”, “esqueci-me, desculpem lá, tenho alguma coisa lá em casa”… Hoje sabe-se que esses dirigentes negociaram à pressa adiantamen­tos de rendas que vão de 2 a 10 anos, num valor que deverá atingir quinhentos mil euros! Dinheiro que se evaporou sem que se cumprissem as obrigações. Contratos que diziam estar nas instalaçõe­s do OAF e SDUQ levaram sumiço e, candidamen­te, Roxo diz que quem sabe deles é Afonso, que devolve a bola a Roxo para depois dizerem que afinal deve ser Maló a ter a documentaç­ão! Maló que responde, por escrito, que nunca lhe foi entregue nada do que os outros afirmam. Documentaç­ão, acordos, memorandos, comunicaçõ­es e emails com a Athlon? Ou com os brasileiro­s Guimarães e Neto? Não foram disponibil­izados! Quem tem os originais? Os emails de assuntos do OAF e SDUQ desaparece­ram e não são disponibil­izados pelos dirigentes de então, que talvez pensem não ter que prestar contas ou entregar documentos a quem de direito. Agora que as comadres se zangaram, o agente Nuno Patrão publicou um direito de resposta que refere que tinha uma proposta de venda de Pedro Nuno superior em 30% ao valor que foi negociado para o Benfica. O mesmo se terá passado com Chiquinho, que também foi para a Luz. Já sabíamos que esses dirigentes venderam a sede dos Arcos ao amigo “Pipas” por menos 50 mil euros que a melhor proposta e que o negócio de Luisinho para o Braga é uma vergonha inaceitáve­l. Por isto e o que mais se irá saber, considero que, a bem da Académica, se devem tomar as seguintes providênci­as: comunicar às autoridade­s competente­s casos que podem consubstan­ciar gestão danosa, irregular, subtração ou não entrega de documentaç­ão oficial, inexistênc­ia de elementos que suportam verbas que estão em falta, e a realização de auditorias completas (organizaci­onal, financeiro e forense) à gestão dos últimos seis anos. Doa a quem doer!

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