A SELEÇÃO DO CONQUISTADOR
Portugal bate o Brasil (3-1) e garante o apuramento para fase de acesso às Finais da Taça Davis de 2023
João Sousa selou ontem, em Viana do Castelo, uma eliminatória que se podia complicar, depois de a dupla Nuno Borges/ Francisco Cabral sofrer um apagão e o conjunto brasileiro reduzir para 2-1.
MANUEL PÉREZ
A melhor seleção portuguesa de todos os tempos – traduzida no ranking dos intervenientes – precisou de recorrer ao melhor João Sousa de sempre na Taça Davis para ganhar aoBrasil,por3-1,edisputar,em 2023, os Qualifiers que dão acesso às Davis Cup Finals. Será a quarta tentativa de Portugal para se juntar à elite, objetivo falhado em 1994 (Croácia, no Porto), em 2017 (Alemanha, no Jamor) e em 2021 (Roménia, em Cluj).
A vantagem de 2-0 obtida na véspera, graças aos triunfos de João Sousa e Nuno Borges nos singulares, dava boa margem de manobra para a decisiva jornada de ontem. Mais de 2500 espectadores encheram as bancadas do bonito Centro Cultural de Viana do Castelo e o desejo comum era fechar as contas no encontro intermédio de pares. A tal nossa primeira dupla do top-100 a jogar a Taça Davis, ao cabo de 117 (!) eliminatórias, oferecia garantias de levar a melhor sobre outros especialistas, Rafael Matos e Felipe Meligeni, mas o desempenho de Nuno Borges e Francisco Cabral ficou aquém
“Estivemos à altura do desafio e tenho muito orgulho em fazer parte disto”
daquilo que valem e o resultado de 3-6, 6-0 e 3-6, até soa a estranho; não só pelo facto de os brasileiros só terem somado dois pontos no “pneu” que levaram no segundo set, como uma inesperada indisciplina tática do lado do maiato e do portuense fez ruir a terceira partida.
Passava para as mãos de João Sousa a responsabilidade de evitar que a ronda se arrastasse Para um quinto encontro. Puxando dos galões, o Conquistador bateu Thiago Monteiro, 6-3 e 6-1, resumindo tudo numa frase forte: “Em termos de nível, é a melhor eliminatória que joguei por Portugal”. E detém o recorde de 31.
João Sousa Número um português