SAÍDO DE UM PACTO DE NÃO AGRESSÃO
Sporting vence FC Porto na abertura do Campeonato Placard, mas, para além da suave intensidade do encontro, o resultado foi bom de mais para os leões
“Era muito importante começar o campeonato a ganhar em casa e a um rival que é campeão nacional. Felicito o FC Porto, porque foi um grande jogo”
Alessandro Domínguez Treinador do Sporting
●●● Não foi um jogo de preparação, mas parecia. O clássico que quase fechou a primeira jornada do Campeonato Placard (falta jogar o Valongo) foi disputado em ritmo morno, sem a agressividade que fica na retina, pelos duelos ferozes, e no ouvido, pelas travagens bruscas das rodas dos patins ou os stiques quase a partir de tanto martelar. Quando assim é, falta a intensidade característica da nossa liga.
Ganhou o Sporting, por uma vantagem de que não estava à espera. Aliás, da primeira amostra sobre o que podem valer dois candidatos ao título, o que se destaca é o FC Porto apresentar um rendimento abaixo do observado na Elite Cup, ou até na final perdida da Supertaça. Embora os comandados de Ricardo Ares começassem autoritários, é verdade, e inaugurando o marcador aos 7’, por Xavi Barroso, após uma jogada de insistência de Gonçalo Alves.
Dentro do mesmo minuto, Nolito Romero atirou ao lado na cobrança de um livre direto e, volvidos quatro, foi a vez de o argentino servir de bandeja João Souto, para o gondomarense restabelecer a igualdade. Novo minuto explosivo (19’), com o Sporting a fazer o 2-1, num penálti convertido por Nolito, e o FC Porto a reagir, através de Alves, também de grande penalidade. A quatro minutos do intervalo, o jogador de Mendoza abalroou Roc Pujadas e os árbitros perdoaram os leões.
Após o recomeço, os portistas estiveram mais tempo no meio rinque contrário, procurando evitar que o grupo de Alessandro Domínguez voltasse à verticalidade nos lances para emendas junto à baliza, mas o ritmo moderado do jogo levou a erros não forçados. Das ameaças, o Sporting passou aos atos e os seis minutos finais foram de sonho. Fez o 3-2 (44’) por Matías Platero e o 4-2 (48’) por Toni Pérez, após duas boas ocasiões do FC Porto que, mesmo a uma falta da décima, arriscava tudo.