O Jogo

Sporting: vencer e convencer

- Manuel Moura dos Santos O autor optou por escrever na ortografia antiga

Ojogo dos quartos de final da Taça da Liga, com o Braga, anteviase difícil como são todos com os minhotos. Ou porque o meu clube esteve uns furos acima do que tem mostrado, ou porque o Braga esteve uns furos abaixo do seu potencial, o resultado final mostrou uma diferença entre elas até à pouco dias impensável. O Sporting teve uma entrada avassalado­ra, colocando-se a vencer por 3-0 aos 20 minutos da 1ª parte, “arrumando” a partida. A pressão na saída de bola do Braga pelos dianteiros do Sporting foi determinan­te para o resultado a meio da 1ª parte. Já sabíamos que Paulinho defende bem, mas a novidade foi ver Trincão e Edwards a pressionar­em e a roubarem bolas aos defesas e médios do Braga. Pelos vistos, este interregno competitiv­o foi útil a Amorim, dando-lhe tempo para trabalhar com os jogadores aspectos relevantes que a equipa foi exibindo nestes jogos da Taça da Liga. O regresso de Coates deu estabilida­de ao sector defensivo, decisiva com o Braga. Com ele é mais fácil não sofrer golos, embora sem ele o Sporting tenha marcado 8 sem sofrer nenhum. Esta estabilida­de defensiva é um dos princípios centrais defendidos por Amorim que se traduz nisto: é mais fácil ganhar não sofrendo golos.

A veia goleadora do Sporting nesta competição, 18 golos, deixa-me optimista em relação à capacidade concretiza­dora da equipa para a 2ª parte da época. A ineficácia tem sido uma das pechas que espero esteja ultrapassa­da ou minimizada. Paulinho está com o “pé quente”, o que se saúda, pois precisamos muito desta sua capacidade concretiza­dora.

Em relação ao mercado de Janeiro, espero que o Sporting mantemha a base da equipa. Mais do que entradas, preocupam-me eventuais saídas. Fala-se em Porro, que não tem substituto à altura, e que seria uma perda terrível dada a importânci­a dele no jogo ofensivo do Sporting. Tenho dúvidas da necessidad­e de contratar mais um central para o lado direito, tendo em conta o regresso anunciado de Neto e St. Juste. Quanto a um ponta de lança para concorrer com Paulinho, imaginando que Rodrigo Ribeiro ainda estará “verde”, a conversa é outra. Pontas de lança goleadores são provavelme­nte os jogadores mais caros, e só uma oportunida­de extraordin­ária, justificar­ia o investimen­to.

Feliz Natal a todos os Sportingui­stas e restantes leitores.

Até para a semana.

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