O Jogo

SEGURANÇA GARANTIDA

V, GUIMARÃES Suplente de Bruno Varela na I Liga, Celton Biai fez dois jogos na Taça de Portugal e mais dois em três da Taça da Liga. No último, no Bessa, foi o melhor em campo para O JOGO

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Para já, o internacio­nal sub-21 vai crescendo na sombra de Bruno Varela, mas, com tranquilid­ade, dá sinais de que o futuro da baliza vitoriana está assegurado para os próximos anos.

MELO ROSA

Celton Biai já estivera, em épocas anteriores, no banco da equipa principal. No entanto, esta temporada, sob o comando de Moreno Teixeira, que o orientara, em 2021/22, na equipa B, está a ter a primeira oportunida­de de concretiza­r o objetivo de defender a baliza vitoriana desde que chegou em fevereiro de 2020, então provenient­e do Benfica.

Quase dois meses depois da estreia, em Canelas, para a quarta eliminatór­ia da Taça de Portugal, fez o quarto jogo como titular, no Estádio do Bessa, diante do Boavista, para a Taça da Liga, assumindo um dos papéis principais no empate sem golos. “É inteligent­e, percebe o jogo e tem grande potencial. A nível emocional, tem evoluído bastante, a maturidade dá-lhe cada vez mais segurança e tem vindo a crescer”, defende João Tralhão, treinador que, em 2017/18, foi campeão nacional de juniores pelo Benfica com Celton Biai na baliza.

Suplente de Bruno Varela nos 13 jogos disputados para o campeonato, Biai “não treme nas decisões e gosta de jogos com grau de dificuldad­e máxima.” Segundo Tralhão, Biai “é um guarda-redes de equipas grandes.” “Essa é uma caracterís­tica básica de um jogador que luta por decisões, tem essa mentalidad­e e controlo emocional”, reforça. Do ponto de vista social, “sabe estar, dá-se bem com toda a gente, cria bom ambiente dentro do grupo. Tem um perfil de equipa”, vinca.

O treinador de 42 anos, que esteve na formação do Benfica entre 2001 e 2017/18, foi, depois, adjunto de Leonardo Jardim no Mónaco e que, na época passada, assumiu o comando do Vilafranqu­ense, indica outro detalhe importante das caracterís­ticas do guardião, de 1,86 metros. “É bom tecnicamen­te com os pés e tem coragem: gosta de assumir o risco de ter a bola. Certamente que foi isso que influencio­u o Moreno, um treinador com uma filosofia de jogo atrativa, e que gosta de controlar a bola. É importante ter um guarda-redes com este perfil: corajoso, que assuma o risco, com qualidade para sair a jogar do ponto de vista ofensivo e que continue a crescer defensivam­ente”, analisa, apontando o que falta limar. “Não podemos esquecer que ainda é muito jovem e, obviamente, que quanto mais experiênci­as e jogos de alto nível tiver também já esteve na seleção de sub-21 -, maior será a capacidade para se tornar cada vez mais eficaz. O que lhe falta é ter mais competição, porque tecnicamen­te já evoluiu bastante. Está um guarda-redes mais experiente”, finaliza.

“Não treme nas decisões e gosta de jogos com grau de dificuldad­e máxima”

“Dá-se bem com toda a gente, cria bom ambiente dentro do grupo”

João Tralhão Treinador

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