Concorrência vem do berço
Os laterais Costinha e João Ferreira são primos e opções para a mesma posição no plantel vila-condense. Cresceram juntos e começaram a jogar ao mesmo tempo nas escolinhas do Balasar
Conhecedor das qualidades de ambos, o primeiro treinador, Vítor Barbosa, acredita que podem chegar a outros patamares, mas o “orgulho” pelo percurso dos seus meninos já ninguém lhe tira.
ANDRÉ VELOSO GOMES
Seja qual for a escolha ●●● do treinador Luís Freire em cada jogo, o titular do lado direito da defesa fica sempre em família, contando que Costinha e João Ferreira são primos. Quis o destino que os laterais voltassem a cruzarse no Rio Ave, 13 anos depois de terem começado juntos nas escolinhas do Balasar, a freguesia onde ambos cresceram, na vizinha Póvoa de Varzim. Vítor Barbosa, o primeiro treinador, foi o precursor desse projeto na Associação Desportiva Cultural Balasar, formando uma equipa que apenas competiu um ano depois, “quando os miúdos ficaram preparados.”
Foi nesse contexto que apareceram Costinha e João Ferreira; ambos deram rapidamente nas vistas e subiram de patamar. Costinha saiu para o Cavalões, uma equipa federada da freguesia vizinha, enquanto João Ferreira acompanhou Vítor Barbosa na mudança para o Rio Ave. “Nessas idades, com nove ou dez anos, já se notam as qualidades, mas, se vão ou não atingir um patamar alto, é difícil dizer. Muitas vezes, um atleta tem muita qualidade e morre na praia por vários fatores, como os pais, os empresários, etc., mas os dois já
mostravam muita habilidade”, explicou o treinador, garantindo que os dois tinham “raça, intensidade e procuravam sempre a bola.” “Notava-se que eram diferentes dos outros”, assegurou, em conversa com O JOGO.
No futebol de sete, Costinha jogava a avançado e João Ferreira era ala. Na altura, o importante era “ter a bola sem grandes preocupações”, o que acabou por “ajudar na evolução”.
“O Costinha era mais frio emocionalmente e a velocidade era uma das suas principais
armas, enquanto o João Ferreira era mais emotivo e mais tecnicista. Como primeiro treinador, sinto-me lisonjeado por ver que chegaram ao mais alto patamar do futebol português, sendo internacionais pelas seleções jovens. O mérito é meu e de todos os treinadores deles”, sublinhou, considerando que a concorrência entre os primos “é saudável.” “Conhecem-se desde pequeninos e um espicaça o outro. Acredito que ambos possam atingir outros patamares”, concluiu Vítor Barbosa.
No futebol de sete, Costinha era avançado e João Ferreira destacavase como ala