DIOGO QUER JOGOS E MAIS ALGUMA COISA
Atleta de Coimbra, que já sofreu um duro revés na vida, fruto de um acidente quando se deslocava de moto para casa, revela maturidade e reconhece que ainda tem muito que aprender.
RUI GUIMARÃES
Medalha de ouro nos 50 ●●● mariposa, 100 mariposa e 50 livres, tudo este ano, nos Mundiais de juniores em Lima, no Peru; medalha de ouro nos 50 mariposa e de prata nos 100 livres nos Jogos do Mediterrâneo, igualmente em 2022; e, ainda neste ano, medalha de bronze nos 50 mariposa nos Europeus de Roma. É este o cartão de apresentação de Diogo Ribeiro, um autêntico fenómeno da natação portuguesa que, com 18 anos feitos há pouco – nasceu a 27 de outubro de 2004, em Coimbra – , tem já a maturidade suficiente para saber bem o que quer. Os Jogos Olímpicos, sonho de qualquer atleta de alto rendimento, estão entre as metas a alcançar por Diogo.
“A longo prazo, o meu objetivo passa pelos Jogos Olímpicos. Mas não quero ir lá só fazer uma participação, quero ir e lutar por alguma coisa mais”, disse o nadador do Benfica, citado pela Lusa. “Vou a Paris’2024 para fazer o meu melhor, como em todas as provas. Isso é o que mais importa. Como será a primeira vez, é um pouco para aprender. Ainda tenho poucas competições com os mais velhos. O mais importante é que melhore os tempos e, acima de tudo, esteja contente”, referiu, não estabelecendo, para já, qualquer fasquia para o maior evento desportivo do planeta.
“A curto prazo, quero melhorar os tempos, que é o que uma pessoa sempre quer, e fazer os mínimos para os Jogos. É esse o meu foco nesta altura, logo em março, na Madeira, no Campeonato Nacional. A médio prazo, temos o Mundial de Fukuoka, em julho. Gostava também de fazer uma final ou até algo mais, quem sabe”, apontou o recordista mundial júnior dos 50 metros mariposa, título alcançado nos Campeonatos Mundiais de Juniores de 2022, no Peru.
Recorde-se que Diogo Ribeiro não teve um caminho fácil: em 2021, após ter ganho a prata no Europeu de juniores, um veículo de carga foi contra ele, que seguia para casa, de moto. Ficou muito mal tratado, só acordando no hospital, tendo ficado sem parte de um dedo da mão direita. Recuperou e arrepiou caminho.
“Como Paris’24 será a primeira vez, é um pouco para aprender”
Diogo Ribeiro Nadador do Benfica
NATAÇÃO Aos 18 anos é um fenómeno como há muito a modalidade em Portugal não tinha. Após um grande 2022, sonha com outras metas