O Jogo

Enzo em quebra no colapso coletivo

Na primeira derrota do Benfica esta época o argentino sobressaiu pela negativa: o habitual pilar da equipa foi “curto” e a equipa ressentiu-se

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Em Braga, as águias caíram com estrondo num 3-0 onde ninguém foi capaz de carregar a formação de Roger Schmidt. O camisola 13 fraquejou principalm­ente no plano ofensivo mas também a defender.

PEDRO MIGUEL AZEVEDO

A exibição global do Benfica em Braga saiu abaixo do que se tem visto ao longo da época e, consequênc­ia disso, os encarnados acabaram batidos por 3-0, sofrendo a primeira derrota em 29 jogos com Roger Schmidt ao comando. E, numa noite negra na Pedreira, onde todos os jogadores lançados pelo técnico alemão estiveram em subrendime­nto, foi Enzo Fernández quem mais deixou o coletivo órfão de ideias, ele que tantas vezes foi o maior pilar da equipa. Desta vez, e naquela que até pode ter sido a sua despedida do clube, foi demasiado curto.

Foi na dimensão ofensiva que o argentino, neste regresso ao Benfica depois de se ter sagrado campeão do mundo no Catar, mais “escasso” esteve. Reflexo importante disso foi a sua quebra de eficácia ao nível do passe: em termos globais teve 85% de acerto contra os 90,5% da sua média da época. Em passes longos, houve uma abrupta queda da média de 64,9% para escassos 31% ante o Braga. Em número de remates houve, também,

menos Enzo, ele que só tentou uma vez visar a baliza de Matheus, menos de metade (2,2) do que lhe é habitual. Já em duelos ofensivos, teve apenas um contra uma média de... 4,3.

A defender, o argentino também se mostrou uma sombra de si próprio nesta visita ao Minho, fazendo menos recuperaçõ­es (6 contra 7,4 de média), menos interceçõe­s (2 para 3,2) e acumulando maior número de perdas de bola (11 contra a média de 8,3).

Apesar da queda de rendimento de Enzo, não se pode apontar o dedo apenas ao camisola 13 pelo trambolhão encarnado. Alguns dados coletivos provam que muita coisa correu mal. Por exemplo, as águias tentaram dez remates, só visto pior na Liga ante V. Guimarães (6) e Famalicão (9). Em duelos aéreos, os 36,7% de Braga só são batidos pelos 35,7% contra o Casa Pia e as perdas de bola (108) apenas ficam atrás de três registos: Vizela (127), Casa Pia (117) e Famalicão (115).

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Enzo Fernández enfrentou Racic na luta pela posse de bola no miolo do terreno

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