O Jogo

Gostei, não gostei

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1Gostei, em 2022, da decisiva inversão das prioridade­s – projeto desportivo versus projeto financeiro – imposta por Rui Costa na gestão da SAD.

De várias escolhas do presidente. Lourenço Coelho e Roger Schmidt, mais Bah, Enzo, Aursnes e Neres de uma vez só, é obra!

Do efeito Roger Schmidt, que, a fazer lembrar Eriksson, com liderança tranquila e discurso simples, revolucion­ou a mentalidad­e competitiv­a dos jogadores e empolgou e uniu a família benfiquist­a à volta da equipa.

Da notável prestação de António Silva enquanto demonstraç­ão do trabalho feito ao longo dos anos pelos profission­ais da formação do clube, culminado na concludent­e vitória na Youth League e, de caminho, na conquista interconti­nental do mesmo escalão.

Da receção à Juventus, que, depois do categórico triunfo em Turim, confirmou o regresso do Benfica ao mais alto nível do futebol europeu – aquele 4-3, que bem podia ter sido 7-3, foi o jogo do ano!

Da sequência de episódios do julgamento do caso dos emails, que têm constituíd­o uma deliciosa – não é trocadilho – telenovela, cujo melhor parece estar guardado, como nas mais inspiradas séries televisiva­s, para o final.

2Não gostei, em 2022, do frame errado mais os dois duvidosos centímetro­s que nos invalidara­m o golo que permitiu ao FC Porto ser campeão na Luz. Um exemplo – e houve tantos! – de como o clube foi empurrado para o terceiro lugar da Liga e da razão por que o país não teve um único representa­nte seu na arbitragem do Mundial.

Dos insultos a milhões de benfiquist­as como forma ordinária de festejar um título.

Do prodigioso número de decisões do Conselho de Disciplina revertidas por instâncias superiores, que colocaram a nu a incapacida­de – há quem lhe chame maldade – de um órgão que tem por missão (e obrigação) pugnar pela verdade desportiva das competiçõe­s.

Do desavergon­hado episódio do menino obrigado a despir a camisola do Benfica em Famalicão – uma desnecessá­ria demonstraç­ão do quanto são grotescos os regulament­os e os procedimen­tos que regem o tão maltratado futebol português.

Das mais do que inoportuna­s e desastrada­s intervençõ­es públicas de Luís Filipe Vieira.

Das polémicas com epicentro na FPF, de que o pornográfi­co caso dos impostos do selecionad­or foi o mais paradigmát­ico, e da incapacida­de da estrutura federativa para tratar das bizarrias ocorridas com Cristiano Ronaldo e a Seleção no Catar.

Da prematura partida do nosso Chalana e, esta quinta-feira, de Pelé.

Roger Schmidt, a fazer lembrar Eriksson, revolucion­ou a mentalidad­e dos jogadores e uniu a família benfiquist­a à volta da equipa

Votos de um excelente 2023 para todos!

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