O Jogo

“Espero ter êxito com o meu modo de trabalhar”

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Fernando Sá interrompe­u a carreira de professor, que foi cumprida 20 anos no Colégio Paulo VI, em Gondomar, e de repente foi alvo de surpreende­ntes loas por parte de um dos reforços americanos.

●●● Numa entrevista à revista Dragões, Teyvon Myers, de 28 anos e estreante em Portugal,dissesenti­r-se“abençoado por ter um treinador como o Fernando Sá”, enaltecend­o o facto de que “entende aquilo que vivemos física e mentalment­e”, encestando com um: “Adoro isso!”

Como reagiu aos elogios do Myers?

—Sabendo os riscos que os treinadore­s correm quando temos este tipo de embelezame­nto... posso estar errado, mas não acredito naquela liderança de há uns anos, marcada pela imposição, castigo e má disposição. Pode por vezes funcionar, mas não é prolongada. O tipo de liderança com que me identifico demora mais tempo a conseguir e às vezes não se consegue. Mas, quando se consegue ter sucesso, existe uma base para sempre, desde que os jogadores saibam quais os limites e desde que eu saiba quais os meus em relação aos jogadores.

É o chamado respeito profission­al e pessoal...

—Nós não estamos sozinhos neste mundo. Temos de estar de olhos bem abertos, ter capacidade de olhar para o lado e perceber se está tudo bem. É algo muito simples, mas agora parece que não estamos preocupado­s com quem está ao nosso lado. Só espero ter êxito com este meu modo de trabalhar.

O plantel tem jogadores do passado e outros novos. Está feito à sua medida?

—Tenho um plantel que, se tivesse de escolher, escolheria os mesmos. Aliás, os jogadores que transitam da época anterior são realmente talentosos. Têm a identifica­ção com o clube bem enraizada e têm tido um papel fundamenta­l na integração dos jogadores que foram contratado­s e não conheciam o clube. Neste momento, após cinco meses de trabalho, estou muito satisfeito.

Onde está o aliciante, face a tanta responsabi­lidade?

-—Na paixão pelo clube e pela modalidade. Sou um privilegia­do, sabendo que há pessoas com profissões de que não gostam ou com salários que não reconhecem o seu esforço diário.

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