O Jogo

Hino oficial não há, mas pensa-se nisso

Clube tem três canções de apoio, mas os intérprete­s acham que chegou o momento de compor ou adotar uma música representa­tiva

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Belmiro Pinto dos Santos, presidente da Assembleia Geral do clube vimaranens­e, lembra que o hino oficial não é assunto de figurar nos estatutos, adiantando que “quem o define é a Direção”.

MELO ROSA

A 22 de setembro do ano ●●● passado, na Gala do Centenário, no Pavilhão Multiusos de Guimarães, Dino Freitas, José Alberto Reis e Zé Miguel cantaram os hinos oficiosos do Vitória. As canções de incentivo ao clube, criadas, respetivam­ente, em 1986, 2007 e 2016, não são hino oficial e, por isso, há um grupo de sócios interessad­o em definir um que possa ser apresentad­o como tal. “Quem o define o hino oficial é a Direção, não é uma questão estatutári­a. É um cântico ou uma música e, assim sendo, cada um dos sócios pode utilizar o que quiser, sendo difícil de instituí-lo, mesmo que a Direção o decida”, explica a

O JOGO Belmiro Pinto dos Santos, presidente da Assembleia Geral. “Comecei a ver o Vitória no estádio quando tinha seis anos e o hino que se ouvia era o do Dino Freitas. Pode não ser o mais bonito do ponto de vista musical, mas é o que mais me sensibiliz­a, por ser o que ouvia quando ia ao futebol em miúdo. O do José Alberto Reis também é muito bonito. O último [de Zé Miguel] também tem uma letra linda, mas é uma versão de Rod Stewart. Os outros são superiores, porque são originais”, avalia.

Dino Freitas revela que até já recebeu convites para escrever canções para outros clubes. “Isso, nem morto! Por respeito que tenho por mim próprio”, garante o autor da primeira canção de apoio, em 1986, quando “o Vitória estava a jogar um belíssimo futebol”, consideran­do que as três canções são “todas boas.” “É preciso fazer um hino oficial. As cantigas de incentivo ao

Vitória são como ter fé em Deus; quanto mais, melhor”, diz, sugerindo que se encontre “um bom texto, um produtor” e que se ponha “as bandas filarmónic­as, orquestras e todas as vozes de Guimarães, de rock, pop, folclore… a cantar um hino do Vitória, para acabar definitiva­mente com o hino do Dino, o do Zé Alberto Reis e do Zé Miguel. Gostava de não morrer sem ver isso concretiza­do”, atira.

José Alberto Reis, “cantautor” há 36 anos, partilha da ideia de “encomendar um hino oficial.” “É um pouco injusto adotarem o meu quando o do Dino foi o primeiro. A do Zé Miguel, por toda a simpatia e amizade que tenho por ele, não considero uma canção na sua totalidade. Não é inédita, é um ‘cover’. Seria um hino coxo. As coisas têm de ser feitas na génese”, sustenta, consideran­do, porém, que “a música cantada por Rod Stewart é muito bonita.” “A letra transforma a música e leva ao sentimento. Está muito bem cantada e a voz do Zé Miguel é maravilhos­a.”

Zé Miguel concorda com a ideia de criar “um tema original, com letra original.”“As que existem foram músicas de incentivo criadas, mas nunca foram adotadas pelo Vitória como hino oficial”, sublinha o músico que, “como vitoriano”, também está disponível “a colaborar na criação do hino oficial”.

“O do Dino Freitas é o que mais me sensibiliz­a. O do José Alberto Reis também é muito bonito. São originais” Belmiro Pinto dos Santos Presidente da AG do V. Guimarães

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Vitória não tem um hino oficial, mas não faltam canções de incentivo, normalment­e ouvidas antes dos jogos
ADEPTOS DO VITÓRIA EMBALAM A EQUIPA COM TRÊS CANÇÕES, MAS NENHUMA DELAS É O HINO OFICIAL DO CLUBE Vitória não tem um hino oficial, mas não faltam canções de incentivo, normalment­e ouvidas antes dos jogos

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