O Jogo

“DERLEI” SUBIU A PULSO

Tiago Santos era quase um desconheci­do na pré-época, quando transitou dos sub-23, mas agarrou a titularida­de à terceira jornada e nunca mais saiu das opções de Nélson Veríssimo

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O batismo com o nome do ex-jogador de FC Porto, Benfica e Sporting, que ficou até hoje, vem dos tempos da formação nos leões, devido a parecenças com o antigo avançado brasileiro.

MIGUEL GOUVEIA PEREIRA

Tiago Santos era um nome quase desconheci­do da maioria dos adeptos no início da pré-temporada. O lateraldir­eito, de 20 anos, pertencia aos sub-23 e foi chamado para a equipa principal do Estoril após a saída de Carles Soria. A sua determinaç­ão agradou ao treinador Nélson Veríssimo e, depois, com um castigo de Gonçalo Esteves, surgiu a oportunida­de de se estrear na Liga Bwin, no empate caseiro com o Rio Ave (2-2). “Estava um pouco ansioso antes do jogo, não vou mentir. Esse nervosismo foi desaparece­ndo com o decorrer do jogo e estava muito feliz nesse dia. Os meus colegas e o míster deram-me força, o que me deixoumais­confortáve­l”,lembra a O JOGO, recordando também uma conversa que tivera com Nélson Veríssimo na semana anterior: “Tinha viajado com a equipa na deslocação a Guimarães, mas, depois, fiquei fora da convocatór­ia. O treinador veio falar comigo e disse-me que eu estava a trabalhar bem e que a minha oportunida­de ia chegar. E chegou na jornada seguinte.”

A estreia foi inesquecív­el para o defesa, que fez uma assistênci­a para um dos golos estorilist­as, e a camisola do jogo foi oferecida aos pais. Desde então, Tiago Santos começou a ser presença habitual no onze. “Posso dizer que, em termos pessoais, esta época está a superar as expectativ­as. Sempre tive muita confiança em mim, mas sabia que vinha para um contexto completame­nte diferente”, assume, satisfeito por estar a atuar num patamar competitiv­o mais exigente: “Apanho agora pela frente jogadores mais experiente­s e tenho de ser mais responsáve­l, porque qualquer erro pode ser fatal.”

Entre os colegas, o camisola 62 do Estoril é conhecido como Derlei, uma alcunha que vem dos tempos da formação do Sporting e que está relacionad­a com as parecenças com o antigo avançado brasileiro, que represento­u FC Porto, Benfica e Sporting. “Uma vez, num treino no Estádio Universitá­rio, um roupeiro disse que era parecido com o Derlei e a alcunha ficou até hoje”, conta Tiago Santos, que só há poucos anos começou a jogar como lateral: “Durante grande parte da minha formação, atuei como extremo. Quando estava nos juniores do Sporting, mas já fazia jogos nos sub-23, comentei com o Carlos Bruno [preparador físico] que tinha curiosidad­e em jogar como lateral. Experiment­ei, gostei e não tenho dúvidas de que estou na posição certa.”

O defesa deixou o Sporting em janeiro de 2022 para assinar pelo Estoril; na altura, ingressou nos sub-23. O lateral não se arrepende da escolha. “Sabia como era o projeto do clube e que apostam muito nos jovens. Sinto que estou no sítio certo para evoluir”, vinca Tiago Santos.

“Em termos pessoais, esta época está a superar as expectativ­as”

“Estreia? Estava um pouco ansioso nesse dia, mas foi passando com o decorrer do jogo”

Tiago Santos Defesa do Estoril

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