Missão poveira é voltar ao topo
André Geraldes remodelou departamentos e o objetivo é recolocar o clube nas provas profissionais
Histórico clube poveiro eliminou o Sporting da Taça de Portugal e vai agora defrontar o Benfica, a 10 de janeiro, nos oitavos de final. Na Liga 3, os alvinegros estão no terceiro lugar da Série A.
Contratado esta época para diretor-geral do Varzim, André Geraldes liderou uma profunda remodelação no clube, implementando a profissionalização das diferentes áreas, mesmo estando a competir na Liga 3. Depois das passagens por Sporting, Farense e E. Amadora, o objetivo é “colocar o Varzim na I Liga” e, consequentemente, criar raízes no clube. “O Varzim tem que atingir o mais alto patamar do futebol português. Gostava muito de poder participar nesse caminho e por lá ficar. Gosto do clube, gosto das pessoas e gosto muito do presidente Edgar Pinho. Deixei muita coisa para trás para aqui estar e a minha vontade é continuar com estabilidade, para que possamos, juntos, dando um passinho de cada vez, subir à II Liga e, depois, chegar à primeira. Mas só conseguiremos isto se estivermos todos juntos”, aponta André Geraldes a O JOGO.
Confrontado com o cenário de transformar a atual SDUQ do Varzim em SAD, modelo que permite a entrada de capital externo, o que só acontecerá em caso de subida à II Liga, Geraldes revela que não é “contra as SAD”, mas, salienta, “sou contra quem quer retirar a identidade aos clubes através delas e contra projetos mal desenhados”. “É normal que as pessoas tenham receio do que possa vir aí e, como associado do clube, também me incluo nelas, mas nem oito nem 80. Acho que devemos ouvir a apresentação dos projetos e ter a liberdade de votar em consciência”, diz, com a certeza de que “a identidade e o património do clube são intocáveis”.
Questionado sobre a possibilidade de assumir a presidência da sociedade, Geraldes
não pretende “fazer futurismo” e expressa o desejo de “ver o presidente Edgar Pinho a festejar ao meu lado golos do Varzim” no escalão maior.
Após ter assumido, também, a gestão do setor de formação, o dirigente deparouse com salários de treinadores em atraso, “um problema que foi rapidamente identificado” e que está a ser resolvido. A meta passa por “estender o modelo de gestão à formação”, mas “não é fácil mudar algo que tem à sua volta 600 miúdos”. Em relação à equipa B, nos distritais da AF Porto, o ideal, defende, é que no futuro possa competir no Campeonato de Portugal ou na Liga Revelação.